E para culminar o ano, aqui fomos nós a caminho das Berlengas...4 dias espectaculares que foram inspiradores e deixaram um desejo ENÓRME de voltar muito em breve! :)
Vão ser escritas umas quantas frases ENÓRMES, que vão deixar uma ideia de como foi a nossa visita…mas no final vão ser só duas ou três palavrinhas.
Nota ENÓRME: Como já repararam a nossa palavra, ENÓRME, tem um acento grave no “O”, pois é uma palavra gravíssima! E só não foi usada mais vezes graças ao detector!
Dia 1
Mal partimos do porto de Peniche, tivemos logo a percepção de que as Berlengas são ilhas ENÓRMES, que dão até ao pescoço, são mesmo de perder de vista.
Chegámos por volta das 10h30 ao porto ENÓRME das Berlengas e tínhamos um tractor ENÓRME à nossa espera. O Faroleiro Monteiro transportou a nossa carga ilha acima, até ao nosso luxuoso complexo, por sinal, com quartos ENÓRMES!
Chegámos ao Farol!
Decidimos então (à porrada) quem é que ficava com a casa que tinha ratos e quem ficava com a casa que tinha lagartixas.
Limpámos os colchões das respectivas camas, varremos o chão, pintámos as paredes (exagero ENÓRME) e instalámo-nos comodamente.
À tarde fomos visitar a Fortaleza, cujo caminho, é algo que só se deve fazer uma vez em cada estadia na ilha. Nós, fizemos DUAS vezes! Para lá é fácil porque é a descer, mas no regresso temos uma subida ENÓRME para enfrentar.
Segundo o professor Mário ali perto, havia uma praia ENÓRME e com um acesso ENÓRME, mas no fim eram só 50 metros de praia, sem nenhum acesso e cheio de gaivotas.
Por falar em gaivotas…As Berlengas têm gaivotas ENÓRMES, milhões delas, a dar pelos tornozelos, mais parecem pterossauros...mas no fim eram só cerca de 30.000.
Já lá em baixo, ao pé da Fortaleza, descemos uma encosta de rochas e lá ficámos a apanhar banhos de sol e a mergulhar. Quem passava nas lanchas que faziam a “VISITA ÀS GRUTAS POR 3€, É O PASSEIO MAIS BONITO DA ILHA”, confundiam-nos com uma população endémica e tiravam-nos fotos.
Passámos o resto da tarde à torreira do sol.
O Professor Mário e a Joaninha cozinharam um jantar ENÓRME! Sim, um verdadeiro manjar dos deuses... mas afinal eram só uns torresmos e umas jolas para a refeição.
De noite descemos até à grande metrópole, com aranha céus ENÓRMES e restaurantes aos milhares…tinha só meia dúzia de casas pequeninas e um restaurante ENÓRME!
À noite, nas Berlengas, o barulho das gaivotas é substituído pelo das pardelas, um som bastante agradável, qualquer coisa como “ueka ueka ueka ueka”.
Depois de uma cartada, café e gelados…voltámos a subir até ao farol. Durante o percurso, os ratos subiam a encosta connosco. Ratos ENÓRMES! Sim, mais pareciam cangurus, a dar pelo pescoço…mas no final eram só uns hamsters anões.
Já nas nossas instalações luxuosas, e com o cansaço a tomar conta de nós, não demorou muito até nos irmos deitar.
A primeira noite foi curta, mas as outras iam compensar!;)
Dia 2
No segundo dia acordámos por volta das 10h00. Foi uma longa noite de sono que deu para recuperar algumas forças para um dia de caminhada (até à praia). A praia das Berlengas é ENÓRME, tem um areal de perder de vista…E as ondas? ENÓRMES! Com a água a dar pelos tornozelos.
Depois do almoço fomos caminhar para a parte norte da ilha. Uma das diferenças notáveis desta zona, é o comportamento das gaivotas. São muito mais agressivas e atacam quando nos aproximamos demais.
O objectivo desta caminhada era ir à procura de uma colónia de Airos que se estabeleceu numa das encostas. Não tivemos muita sorte com os Airos, mas encontrámos ninhos de pardelas, com ovos e respectivas progenitoras.
Durante o percurso conseguimos chatear muitas gaivotas e ainda vimos um coelho.
De regresso a casa, banqueteámo-nos com mais uma refeição ENÓRME e ficámos o resto da noite na conversa e a jogar trivial.
Dia 3
Tínhamos dormido metade das horas da noite anterior (pelo menos os mais resistentes) e acordámos com o som da voz ainda meio rouca e sexy do professor Mário. O aviso foi para prepararmo-nos para subir ao Farol da Berlenga.
Acompanhados pelo faroleiro Santos, subimos ao ponto mais alto da ilha. Já lá em cima recebemos algumas explicações do funcionamento do farol e ouvimos um pouco da sua história.
Seguiu-se mais uma ida até à praia, onde para além de haver senhores a vender IMENSAS bolas de Berlim, havia um senhor de panamá que fazia umas massagens ENÓRMES, até às pontas do cabelo. Houve quem não conseguisse levar a sessão completa por causa das gaivotas, elas só queriam contribuir com um bocado de creme de massagem.
Da parte da tarde, enquanto uns ficaram na praia, outros foram novamente à Fortaleza…sem comentários o caminho.
Na última noite, jantámos com os faroleiros. Eles tinham cozinhado um belo frango no forno, mas nós tínhamos uma refeição vegetarianíssima ao estilo de nouvelle cuisine. O cozinheiro chefe, Mário Cruz e ajudantes, tinham como sugestão massa com vegetais, um guisado delicioso que nos deixou aos pulinhos quando vimos a quantidade IMENSA (a dar pelo pescoço) de carne de gaivota que o tacho tinha. Comíamos e bebíamos o que havia, não nos faltou nada!
A conversa estava boa e a bebida também!
Seguiu-se um campeonato de matraquilhos no salão de jogos do farol. Sim, um salão de jogos! Mais parecia um casino! Era só uma sala quadrada com uma mesa de ping pong e matraquilhos.
Mais tarde descemos com os faroleiros até à civilização. Passámos umas boas horas na esplanada do restaurante rodeados por um ambiente raro. Jogámos cartas enquanto cantávamos músicas, tocadas por um artista. Gostava de saber o nome para o poder referir no diário.
Por volta das 2h00 voltámos a subir o passadiço até ao Farol. Em casa, conversámos um pouco e depois fomos para as camas e houve quem continuasse na conversa até altas horas.
Conversas ENÓRMES, até às 5h00 da manhã, e que nos faziam acordar com umas olheiras ENÓRMES, a dar pelo pescoço. Enfim, duas horas a dizer baboseiras.
Dia 4
Mal acordámos, no dia da partida, arrumámos e limpámos as casas.
Almoçámos no restaurante uma bela refeição e depois, foi esperar e aproveitar os últimos mergulhos até partirmos (por volta das 15h30) a bordo do Berlenga, o barco que faz a rendição dos faroleiros.
Foi uma visita muito enriquecedora e que fez com que o grupo se unificasse de uma maneira que deixa umas saudades ENÓRMES, tanto das pessoas que foram como do sítio.