sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Escrita Científica- Prazo de inscrição prolongado



O Núcleo de Biologia da Universidade Lusófona (BioCEL) vai organizar um Workshop de Escrita Científica.
Programa
- Regras básicas de escrita de relatórios, artigo científico e teses;
- Correcta apresentação de resultados;
- Apresentação de resultados sob a forma de apresentação oral e de poster.
Horário
Nos dias 4, 6, 13 e 25 de Março
Cada aula terá a duração de 2 horas: das 18h às 20h.


Local
Universidade Lusófona
Av. do Campo Grande nº 376, 1749-024 Lisboa.
Preço: 30€
Pagamento & Inscrição:
Transferência Bancária: (NIB: 000 700 000 038 569 906 423) com referência ao curso de escrita científica.
O documento comprovativo deverá ser enviado juntamente com os dados pessoais (nome, instituição, cartão de aluno (se for o caso)) para o e-mail: biocelcomunicacao@gmail.com.


O workshop funcionará com um mínimo de 15 alunos e um máximo de 20 alunos.


Informam-se os interessados, que o prazo das inscrições foi prolongado até ao dia 3 de Março.

terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Workshop de Paleontologia de Dinossauros e Vertebrados

Formador:
Doutor Octávio Mateus, o m a t e u s @ f c t . u n l . p t

Datas e Duração:
Entre de 28 de Março e 8 de Abril.

Objectivos para os formandos:
- Desenvolver espírito crítico e promoção de debate científico;
- Compreender os princípios básicos do método científico e dominar as regras de elaboração de um artigo científico;
- Compreender e relacionar conceitos básicos sobre evolução;
- Revelar conhecimentos sobre os temas e sub-temas propostos;
- Desenvolver um artigo de investigação e apresentação pública;
- Praticar prospecção e recolha de fósseis.

Temas das Aulas:
28 de Março (18h-20h): 1ª Aula (teórica): Noções básicas de paleontologia, geologia e biologia. Metodologia e princípios da Ciência. Preparação de artigos científicos.

29 de Março (Dia Todo): 2ª Aula (prática): Visita ao Museu da Lourinhã e jazidas (Autocarro Lusófona).

4 de Abril (18h-20h): 3ª Aula (teórica): Metodologia do estudo dos dinossauros. Anatomia. Sistemática.

5 de Abril (Dia todo): 4ª Aula (prática): Prospecção e recolha de campo. Identificação de espécimes. (Autocarro Lusófona).

7 de Abril (18h-20h): 5ª Aula (teórica): Estudo dos dinossauros: diversidade, classificação, Estudo dos dinossauros II: biologia, ecologia, icnologia.

8 de Abril (18h-20h): 6ª Aula: Teste e apresentação de trabalhos. Esta aula é, em parte, dada pelos formandos.

Inscriçoes e Pagamento:
Preço: 45 euros /42.00 euros estudantes (não cobre entrada no Museu da Lourinhã) - Transferência Bancária (NIB: 000 700 000 038 569 906 423) com referência ao workshop de Paleontologia. O documento comprovativo deverá ser enviado juntamente com os dados pessoais (nome, instituicao, cópia do cartão de aluno (se for o caso)) para o email, biocelcursosaidas@gmail.com, até 25 de Março de 2008.
Número mínimo de alunos: 6 alunos

Recursos:
Textos, links de Internet, vídeos, artigos científicos (em Português e Inglês)
Actividades de avaliação:
Teste de escolha múltipla (50%) e trabalho de investigação de duas páginas (são dadas sugestões de temas) (50%).
Habilitações mínimas: 12º ano de escolaridade e domínio médio de língua inglesa.

Bibliografia sugerida:
Paleontologia, Izmar de Souza Carvalho, (ed.). Editora Interciência. 2004
P.J. Currie and K. Padian, (Eds.)(1997). Encyclopedia of Dinosaurs pp.661 Academic Press, San Diego, California/London, UK.

Novo cartão de aluno - Parceria Grupo Lusófona e Caixa Geral de Depósitos

Cartão Caixa Universidade

Data de adesão: 25 de Fevereiro a 10 de Março. (Atenção que existe lista de alunos com o dia respectivo de presença)


Aderir ao Cartão:

A Caixa vai estar presente nas várias Escolas, com stands, para facilitar a adesão ao Cartão Caixa Universidade Politécnico.

Para aderir deverá seguir os seguintes passos:

1.Preencher o impresso de adesão aos produtos Caixa;
2. Imprimir o impresso já devidamente preenchido;
3. Juntar 1 fotografia.

Para o cumprimento das regras estabelecidas pelo Banco de Portugal

  1. Juntar cópia de:
    1. Bilhete de Identidade
    2. Número de Contribuinte
    3. Comprovativo de morada (pode ser cópia da Carta de Condução)
    4. Para quem já esteja a exercer actividade profissional, será necessário o Recibo de Ordenado ou Declaração de Empregado.
Mais informações aqui.

sábado, 23 de fevereiro de 2008

Jantar de Biologia





Estão todos convidados para no próximo dia 29, pelas 20h30, aparecerem no restaurante "Porão de Santos" para um jantar de convívio, visto que já não o fazemos há bastante tempo e sabe sempre bem de vez em quando. O jantar com bebida a descrição e etc custa 12€ e diz quem já lá foi que vale bem a pena.

Inscrições: biolusofona@gmail.com


Apareçam!

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Descoberto vírus capaz de eliminar selectivamente células tumorais


"Cientistas norte-americanos descobriram um vírus que reproduz genes capazes de localizar e eliminar tumores cerebrais em ratinhos, indica um estudo publicado. Um dos aspectos salientados pelos investigadores é que esses genes deixam virtualmente intactos os tecidos cerebrais saudáveis e centram o seu ataque nas células cancerosas.

O estudo, publicado no The Journal of Neusoscience, foi realizado durante seis anos por uma equipa da Faculdade de Medicina da Universidade de Yale dirigida por Anthony van den Pol.

O trabalho centrou-se na actividade do vírus "vesicular stomatis", seleccionado pela sua capacidade de atacar tumores cerebrais deixando os tecidos saudáveis em grande parte intactos. "Este estudo mostra que o vírus entra no cérebro e chega mesmo às células que se afastam do tumor principal", referiu Harald Sontheimer, oncologista da Universidade de Alabama em Birmingham, não envolvido no estudo.

"Assumindo que o vírus se comporta de forma semelhante nos humanos, isso poderá, no futuro, configurar uma forma inédita e altamente eficaz de tratar tumores resistentes", acrescentou. Células tumorais de cancros cerebrais que se desenvolvem tanto em ratinhos como em humanos foram implantadas em ratinhos imunocomprometidos que depois receberam uma injecção de vírus na cauda.

Através de proteínas fluorescentes comuns a células tanto dos tumores como dos vírus nos cérebros de ratinhos vivos, os cientistas viram como o vírus infectou várias zonas do cérebro e se disseminou por todo um tumor em três dias, deixando à sua passagem um rasto de células tumorais mortas.

Os autores do estudo garantem que o vírus não atacou células normais dos ratinhos nem células cerebrais humanas não cancerosas transplantadas para o cérebro dos ratinhos. O vírus também se mostrou eficaz na destruição de tecidos cancerosos que têm origem na mama ou nos pulmões, os dois tipos de cancro que mais se propagam ao cérebro.

Segundo os cientistas, futuras investigações deverão centrar-se na compreensão dos potenciais riscos de segurança, incluindo a possibilidade do vírus infectar células normais do cérebro, e na exploração de possíveis alterações do vírus que possam mitigar esse risco.

"Temos algumas ideias para fazer com que o vírus seja seguro no cérebro humano", disse van den Pol. "Isso é importante para impedir que eventualmente o vírus infecte células cerebrais normais depois de atacar o tumor cerebral"."



Texto retirado de "http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=25194&op=all" e imagem retirada de "http://www.fotosearch.com.br/UNM123/u13535894/"

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Expedição encontra novas espécies


Uma expedição internacional, envolvendo investigadores australianos, franceses e japoneses, descobriu um elevado número de novas espécies marinhas numa região do oceano no leste da Antárctida, a dois quilómetros de profundidade. A equipa pensa ter descoberto pelo menos 75 novas espécies, incluindo "três ou quatro" criaturas muito estranhas.


Usando três navios oceanográficos, este projecto visa recensear uma vasta área do oceano sul, com temperaturas extremamente baixas. Em certas áreas, o chão oceânico mostrava profundas cicatrizes da passagem de icebergues. Em outros pontos, havia muito mais vida do que se podia imaginar.


Durante 20 dias, foi escrutinada uma área do fundo marinho equivalente a metade da superfície de Portugal continental. E os resultados foram surpreendentes, pela diversidade da vida recolhida em condições tão adversas, mas também pelas novidades encontradas. Todos os dias surgiam surpresas nas redes. A recolha de espécies ainda está a ser estudada, mas os cientistas calculam ter recolhido um mínimo de 1500 animais diferentes e, entre estes, talvez 10% da amostra seja de espécies novas. A identificação está em curso.


Estes ecossistemas são frágeis, pois a absorção de dióxido de carbono pelos oceanos, fenómeno que aumenta à medida que sobem os teores atmosféricos do gás, afecta o crescimento do esqueleto de animais em temperaturas baixas. Se a acumulação de dióxido de carbono prosseguir, estas espécies submarinas podem desaparecer antes de serem estudadas.


Retirado de: http://dn.sapo.pt/2008/02/21/ciencia/expedicao_encontra_novas_especies.html

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Saídas NEBULis: Saída de observação de aves no Estuário do Tejo


O NEBULis (Núcleo de Estudantes de Biologia da FCUL) vai organizar a 8 de Março, Sábado, uma saída de observação de Aves no Estuário do Tejo em conjunto com a SPEA.


O percurso tem início às 8h30 no Porto das Hortas (perto de Alcochete) passa por Pancas, Arrozais da Giganta, Ponta da Erva e termina nas Marinhas da Saragoça por volta da 13h30.


O preço inclui seguro e guia, mas transportes serão a combinar com os participantes.


Preço: 4€

Vagas: 12

Inscrições: até 2 de Março para o e-mail: nebulisboa@gmail.com


Mais informações: nebulisboa@gmail.com

domingo, 17 de fevereiro de 2008

Saída de campo - Parque Florestal de Monsanto

Centro de Recuperação de Animais Silvestres do Parque Florestal de Monsanto (CRASPFM)

Em funcionamento desde Outubro de 1997, tem como objectivo a recuperação de animais silvestres feridos ou debilitados, com vista à devolução ao meio natural (libertação), numa perspectiva de preservação e conservação da fauna. Criado na zona vedada do Espaço Monsanto, integra uma rede nacional de centros de recuperação, cuja regulamentação é definida pelo ICN. O financiamento para o seu funcionamento é suportado pelo município de Lisboa.

Data e Horário:

- Dia 14 de Março de 2008 (sexta-feira);

- Às 14h no espaço Monsanto (ver mapa).

Programa:

- Percurso pedestre para contacto com a fauna e flora existente;

- Visita à clínica e ao CRASPFM.

Vagas: Limite máximo de 20 pessoas.

Preço: 5,00 €. Cobre entrada no parque e documentação necessária. Pagamento com a responsável Joana Martins ou por transferência bancária (NIB: 000 700 000 038 569 906 423) com referência à saída de campo a Monsanto.

Inscrições: Documento comprovativo de pagamento e/ou dados pessoais (nome, B.I. ou Nº aluno (ULHT)) para o e-mail biocelcursosaidas@gmail.com, até data limite de inscrição.

Inscrição até dia 11 de Março (terça-feira)

Material: Binóculos e Guias de campo

Acessos:

- Autocarro 70 da Carris;

- Comboio, estação de Campolide ou Benfica

Actualizações e mais informações:

biocelcursosaidas@gmail.com


Inscrições XII ENEB já disponíveis



Como já todos sabem o XII ENEB irá realizar-se-á em Braga, na Universidade do Minho, nos dias 15,16,17 e 18 de Março.

As inscrições para o encontro já se encontram disponíveis no site:

http://www.xiieneb.org/

O número inicial de inscrições disponíveis é de 600.

O pack da inscrição inclui:
a)Mapas da cidade e da universidade do Minho;
Identificação (pulseira e credencial);
Bloco de notas, caneta e lápis;
Passaporte XII ENEB;
Um livro de resumos e publicidade.
b) Alimentação
c) Alojamento (se assim for opção do participante no acto de inscrição);
d) Participação nas actividades organizadas (conferências, debates, mesas redondas, workshops culturais, coffee breaks, exposições, festas e convívios)
e) recibo para fins fiscais, seguro e certificado de participação no XII ENEB


Inscrições válidas só após pagamento por transferência bancária e envio do comprovativo por e-mail ou carta.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

Programa Synthesys

O programa Synthesys aceita pela ultima vez candidaturas a bolsas de curto prazo para deslocações a Museus de Ciencias Naturais associados a fim de colaborar com projectos de investigaçao em curso. Caso estejam interessados consultem o site para mais informações (http://www.synthesys.info/)

Foi no ambito de uma bolsa deste programa que Monica Albuquerque, antiga aluna da Licenciatura em Biologia teve a possibilidade de se deslocar ao Museu de Ciencias Naturais em Madrid em 2005 e pode inclusive utilizar o microscopio electronico para analisar amostras para o seu estagio.

Na Fronteira com a Ciência - Ciclo de Conferências 2008


Vacas Loucas, Leveduras Neuróticas, e regresso ao Futuro

Tiago Fleming de Oliveira Outeiro


Data: 20 de Fevereiro às 18h


Localização: Auditório 2 - Fundação Calouste Gulbenkian


Doenças neurodegenerativas como Alzheimer, Parkinson, ou a doença das “vacas loucas” estão associadas com alterações na estrutura de várias proteínas, e com a sua deposição sob a forma de aglomerados proteícos. A maioria dos casos destas doenças são esporádicos, sendo o envelhecimento o maior factor de risco conhecido.


Desconhece-se ainda o papel dos aglomerados proteícos na doença, sendo possível que tenham efeitos nocivos ou, pelo contrário, protectores, sendo esta uma questão fundamental nesta área de investigação.


A levedura Saccharomyces cerevisiae está entre os organismos modelo mais utilizados em laboratório, tendo tido um papel crucial na elucidação de processos biológicos complexos envolvidos em cancro, morte celular, transporte intracelular, e no controlo de qualidade das proteínas.


No laboratório exploramos as leveduras e outros organismos modelo para estudar a base molecular das doenças neurodegenerativas e assim descobrir novas vias envolvidas na biologia das proteínas associadas com as diferentes doenças.


Várias ferramentas moleculares, como proteínas fluorescentes, permitem observar fenómenos biológicos em células ou organismos vivos, sendo assim possível estudar os processos em tempo real. Novos avanços tecnológicos têm também permitido utilizar proteínas que se pensavam nocivas para aplicações sofisticadas, que nos podem abrir novas portas no futuro para melhorar as condições de vida.


Workshop Escrita Científica


O BioCEL anuncia a realização do Workshop de Escrita Científica, a ser leccionado no mês de Março pela Dra. Clara Amorim, docente de Fisiologia Animal (ULHT).

"A elaboração de relatórios de aulas práticas e de projecto de licenciatura (estágio) ou mestrado faz parte da formação dos primeiros níveis de ensino universitário. Os resultados dos primeiros trabalhos de investigação integrantes do 1º ou 2 ciclo de Bolonha devem, caso tenham suficiente qualidade, ser publicados em formato de artigo científico ou divulgados em conferências ou encontros científicos, sob a forma de poster ou comunicação oral. Como é do conhecimento dos alunos do ramo científico, toda a avaliação de produtividade científica faz-se não só pelos graus obtidos, mas sobretudo pelo número e qualidade do trabalho publicado, sobretudo sob a forma de artigo científico em revistas internacionais. É por isso fundamental a qualquer aluno aprender a divulgar de uma forma correcta e efectiva o seu trabalho, quer este seja de uma aula de laboratório quer seja de trabalho de investigação."

Destinatários: Alunos universitários bem como licenciados.


Programa:

-Regras básicas da escrita de relatórios, artigo científico e teses;

-Correcta apresentação de resultados;

- Apresentação de resultados sob a forma de apresentação oral e de poster;

"Este temas vão ser abordados através de apresentações em power point em que serão mencionadas as principais características que cada tipo de apresentação científica deve exibir. Serão dados também trabalhos escritos (por ex: relatórios, manuscritos de artigos, posters) para os alunos analisarem e comentarem em termos de estrutura e qualidade de escrita. Será dada também a oportunidade de os alunos desenvolverem um trabalho no âmbito da workshop para posterior apresentação."


Horario: Dias 4, 6, 13 e 25 de Março, das 18h-20h em sala a definir.


Preço: 30€

Transferência Bancária (NIB: 000 700 000 038 569 906 423) com referência ao curso de Escrita Científica. O documento comprovativo deverá ser enviado juntamente com os dados pessoais (nome, instituicao, cópia do cartão de aluno (se for o caso)) para o email, biocelcomunicacao@gmail.com.

domingo, 10 de fevereiro de 2008

Entomologia Forense






A Entomologia forense é uma ciência de estudo de insectos com aplicação a ciências forenses.












Forneço o seguinte link com um vídeo sobre entomologia forense, que me pareceu bastante interessante

Como pode demorar um pouco a fazer download, podem ver directamente do seguinte blog:

http://bafanaciencia.blog.br/

Basta procurar o post na data 30 Janeiro 2008.

Imagem retirada do seguinte site

sábado, 9 de fevereiro de 2008

Cientistas revelam importância das alterações climáticas do passado na distribuição actual das espécies

A diversidade de espécies de anfíbios e répteis existentes hoje na Europa terá sido condicionada pelas alterações climáticas há 21 mil anos atrás, no período da última glaciação. Segundo um estudo publicado pela revista científica "Ecography", as regiões com uma elevada concentração de espécies endémicas devem mais ao Quaternário do que às variações do clima contemporâneo.



A investigação, coordenada pelo investigador português Miguel B. Araújo (Imagem) e conduzida por uma equipa de cientistas do Conselho Superior de Investigações Científicas (CSIC), de Madrid, confrontou a teoria do "clima histórico" com a do "clima contemporâneo".


A primeira hipótese sustenta que as espécies são excluídas de áreas que sofrem alterações climáticas mais drásticas, sendo que a estabilidade do clima, ao longo do tempo, favorece a persistência e a especiação. Já a segunda hipótese diz que o clima contemporâneo afecta a quantidade de recursos disponíveis nas regiões, determinando o numero de espécies capazes de coexistir num dado período.


Segundo Miguel B. Araújo, a hipótese do clima histórico parece ser mais acertada quando se fala de espécie com fraca capacidade de deslocação.

"Uma resposta rápida às alterações climáticas pode ser dada por algumas espécies que têm grande capacidade de dispersão, com as aves ou as borboletas, mas o estudo demonstrou que não é isso que se passa com os repteis e anfíbios, espécies com menos capacidade para se deslocarem e que se encontrarão mais expostas as alterações climáticas no futuro".



A teoria de uma resposta lenta às alterações climáticos entraria em conflito com os modelos de impacto do clima sobre as espécies onde se assume que a adaptação das espécies às variações climáticas actuais seja rápida.

"A nossa investigação contradiz os estudos anteriores sobre a diversidade de espécies a grande escala e sugere que o clima do passado contribui para a riqueza das espécies actuais, ou de forma independente do clima contemporâneo ou, na menor das hipóteses, tanto como ele", disse o investigador.



De acordo com os investigadores, esta questão tem sido muito debatida e não se chega a um consenso porque é impossível comparar duas teorias em desigualdade de circunstâncias. "A inexistência de dados quantitativos sobre a distribuição dos climas do passado impediu até agora uma investigação sobre os efeitos do mesmo na distribuição actual das espécies. No entanto, a utilização de modelos climáticos de previsão para descrever o clima do passado abre novas portas à investigação fundamental e aplicada em Ecologia", explicou David Nogués, co-autor do estudo.



Segundo Miguel B. Araújo, a nova geração de modelos de previsão do impacto climático sobre a biodiversidade teria de incluir dados sobre a forma de sobreviência das espécies no passado.

"Não havendo esta informação, vão dar lugar a previsões que podem ser optimistas, como prever a persistência de espécies que na realidade se extinguem, ou pessimistas, como prever extinções quando as espécies são na realidade capazes de sobreviver", alerta o investigador.

Acesso gratuito ao artigo original aqui

Texto e imagem retirados deste site

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Balanço positivo da primeira participação portuguesa num Ano Polar Internacional


A primeira participação portuguesa num Ano Polar Internacional (API), iniciado em Março de 2007, salda-se até agora por um balanço "extremamente positivo", disse hoje Gonçalo Vieira, cientista ligado ao projecto. A colaboração entre países tem sido essencial para o trabalho dos quatro portugueses que trabalham no continente gelado.




Gonçalo Vieira falava horas antes de ser estabelecida no Pavilhão do Conhecimento, em Lisboa, uma comunicação telefónica com os investigadores portugueses que se encontram actualmente na Antárctida. "Até 2007, quando começou o API, só havia colaborações esporádicas de portugueses na investigação polar, e muito pouca massa crítica", afirmou. "Neste momento, com a formação de jovens investigadores, e com o apoio do governo, estão criadas as raízes para podermos realizar um programa polar com continuidade", sublinhou.

O cientista referiu a importância da colaboração existente com cientistas de países que dispõem de infra-estruturas na zona, como navios ou bases logísticas, e admitiu que "dentro de dois ou três anos poderá ser possível ter condições para uma presença mais continuada, através de o envio de um navio ou de um voo, ou da montagem de um acampamento português".



Quatro portugueses no continente gelado

Integrados em equipas internacionais, estão neste momento a trabalhar no continente gelado quatro portugueses, afirmou. Um deles é José Xavier*, professor do Centro de Ciências do Mar, da Universidade do Algarve, que desde finais de Dezembro e durante dois meses participa num cruzeiro britânico de biologia marinha na região entre a Geórgia do Sul e a Antárctida.

Os outros três são estudantes de mestrado orientados por Gonçalo Vieira, que estão envolvidos em três campanhas diferentes destinadas a avaliar a influência das alterações climáticas no solo gelado (Permafrost).

Trata-se de Raquel Melo, a fazer cartografia geomorfológica na ilha de Deception com a campanha argentina, Vanessa Batista na Ilha de Livingstone, que trabalha em perfuração e geofísica com a campanha espanhola, e Alexandre Trindade, também a participar em perfurações com a campanha búlgara, precisou.

Os dados obtidos, acrescentou, são enviados para uma rede mundial de monitorização das temperaturas do solo gelado que os utiliza nos modelos climáticos da Organização Meteorológica Mundial.

Devido à diferença das estações do ano, quando é Verão na Antártida é o Inverno no Árctico. Por isso se desenvolve agora a temporada na Antártida. Quando começar o verão no Árctico, várias investigadores portugueses integrarão igualmente equipas científicas internacionais nesta zona polar.

O Ano Polar Internacional, que decorre até Março de 2009, é um programa científico e educativo centrado no Árctico e na Antárctida que envolve milhares de investigadores de mais de 60 países, entre os quais 15 cientistas portugueses de nove centros de investigação e universidades. O objectivo é diagnosticar a situação ambiental actual das regiões polares e aprofundar o conhecimento das alterações ambientais e sociais nelas ocorridas para melhorar as projecções das alterações futuras.

O programa tem uma vertente educativa, a que foi dado o nome de Latitude 60, patrocinado pela Agência Ciência Viva, cujo objectivo principal é educar e sensibilizar as gerações mais jovens sobre as regiões polares e mostrar-lhes a sua importância para a dinâmica e regulação climática do planeta.

Texto retirado deste site



*O BioCEL aconselha uma visita ao Blog de José Xavier

terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

Conversas sobre Borboletas


Sáb: 16h-18h


Evolução e diversidade das borboletas
Por Patrícia Garcia-Pereira
9 Fev


As borboletas nocturnas
Por Ernestino Maravalhas, Dinis Cortes e Pedro Pires
16 Fev

Curiosidades sobre Borboletas
23 Fev


As colecções de borboletas. Para que servem? Qual o seu destino? Como se conservam?
José Pedro Granadeiro, Judite Alves, Luís Mendes e Patrícia Garcia-Pereira
1 Mar



Tagis – Centro de Conservação das Borboletas de Portugal
Museu Nacional de História Natural – Museu Bocage Rua da Escola Politécnica, 58
1250-102 Lisboa

Tel + Fax: 213 965 388

E-mail: info@borboletasatravesdotempo.com

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

Técnico de Investigação

O Instituto Gulbenkian de Ciência está à procura de uma pessoa para desempenhar um cargo de técnico de investigação, cujo trabalho desenvolvido será dar apoio aos grupos que trabalham com Drosophila. Inicialmente esta pessoa ficará com uma bolsa do IEFP (durante 9 meses), findo a qual existe a possibilidade de continuar no Instituto com uma bolsa da Fundação Calouste Gulbenkian.

Se conhecerem alguém interessado (com licenciatura em Biologia ou áreas afins) por favor contactem, Ana Sofia Leocádio para sleocadio@igc.gulbenkian.pt.

sábado, 2 de fevereiro de 2008

LusoExpedição ganha prémio científico internacional do CenSeam

Lusoexpedição

A LusoExpedição é uma missão científica e pedagógica, organizada anualmente pela Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias. O objectivo que faz alunos, professores e investigadores partir em expedição pelo Atlântico é a recolha de organismos marinhos, essencialmente peixes e invertebrados, com intuito de esclarecer os padrões de colonização das ilhas e montes submarinos ao longo do Atlântico, nunca esquecendo a vertente pedagógica inerente a um projecto desta natureza.
Em 2006 o destino da Expedição foram os cumes submersos de Gettysburg e Ormonde no Banco Gorringe a 200 km Sudoeste de Portugal continental, a meio caminho para o Arquipélago da Madeira. Estas “ilhas submarinas” são locais praticamente inexplorados e constituem verdadeiros “oásis de biodiversidade” no meio do Atlântico. Já em 2007 o destino foi o arquipélago dos Açores onde a recolha de organismos ocorreu ao largo da Ilha de Santa Maria, Banco Dollabarat e Ilheús das Formigas. Em 2008 a organização da expedição planeia deslocar-se ao Arquipélago da Madeira.



Montes submarinos

Um monte submarino é uma montanha que se eleva do fundo do oceano sem atingir a sua superfície. Os montes submarinos são na grande maioria de origem vulcânica, e prevê-se que existam mais de 100.000 com mais de 1 Km de altura (relativamente ao fundo do oceano) e muito mais com dimensão inferior. Os montes submarinos devido ao seu isolamento no oceano, são locais privilegiados com possibilidade de grande número de endemismos, podem ser locais de especiação de espécies. São ecossistemas frágeis que devem ser preservados, pelo seu carácter único, e são locais com importância relevante no sector das pescas, pois são zonas com grande produção e ainda pouco exploradas. Durante vários milhares de anos, o nível médio das águas do Oceano Atlântico estava aproximadamente 100-120 m mais abaixo do que se encontra actualmente, o que fazia com que muitos dos bancos submersos que hoje encontramos no Atlântico estivessem outrora emersos. Muitos autores nos dias de hoje colocam a hipótese que os montes submersos e ilhas do Atlântico tenham sido pontos de passagem para diversos organismos na longa viagem de colonização de ilhas tão distantes como as pertencentes ao arquipélago dos Açores. Os montes submarinos ganham por isso a maior relevância quando se pretende estudar o padrão de colonização seguido pelas espécies.
A unidade de investigação que na Universidade Lusófona se dedica ao estudo da dispersão das espécies e colonização no Atlântico pretende estudar:

- Como actuaram estes montes submarinos no passado e como actuam agora? Como pontos de passagem ou como refúgios intermédios na dispersão de longa distância?
- Estarão as populações marinhas ali existentes geneticamente isoladas das de Portugal continental, Madeira e Açores?



CenSeam

Relativamente poucos montes submarinos tem sido estudados, apenas em 350 foram efectuadas amostragens, e em menos de 100 a amostragem esta foi efectuada com detalhe. A uma escala global a biodiversidade destes locais é pouco conhecida. A inversão deste panorama motivou em 2005 a criação do programa CenSeam - Global Census of Marine Life on Seamounts, cuja missão é determinar o papel dos montes submarinos na biogeografia, biodiversidade, produtividade, evolução dos organismos marinhos e ainda a avaliação dos efeitos da acção humana nestes locais. Esta missão pretende criar uma nova era no estudo dos montes submarinos, uma era que junta cientistas de todo o mundo, na procura de respostas para as 2 principais questões:


- Que factores determinam a composição e diversidade nos montes submarinos, incluindo o estudo das diferenças entre os montes submarinos e outros tipos de habitat.
- Quais são os impactos das actividades humanas na estrutura e funcionamento das comunidades que habitam os montes submarinos.


O programa CenSeam encoraja cientistas a trabalhar numa rede mundial, de divulgação de dados, incentiva a recolha de novas amostras em montes submarinos, analisa e integra novos dados resultantes das pesquisas mundiais, para divulgar novos conhecimentos. Procura ainda assegurar que as oportunidades de colaboração entre programas é maximizado, consolida e sintetiza dados históricos existentes que até à data não tenham sido analisados e que não sejam do conhecimento da comunidade cientifica sobre os montes submarinos e a sua fauna. Por ultimo financia bolsas de estudo e de incentivo à investigação dos montes submarinos, de forma a expandir o conhecimento das colecções e a sua análise.



Prémio

Foi neste último ponto que a Universidade Lusófona apostou. Propusemo-nos a estudar a fauna de gastrópodes e bivalves marinhos recolhidos no Banco Gorringe – Picos submersos de Gettysburg e Ormonde, no âmbito da LusoExpedição 2006. O programa CenSeam atribuiu assim uma bolsa de investigação à Ex-aluna Monica Albuquerque, que durante 9 meses procederá ao estudo destes animais nos laboratórios da Universidade Lusófona, com a colaboração do Professor Gonçalo Calado e do Investigador José Pedro Borges. Colaborar com um programa de investigação de âmbito mundial constituirá por isso, para todos, alunos e professores desta Universidade mais um motivo de orgulho.




Para informações e actualizações sobre este assunto, podem ser consultados os seguintes sites:
Newsletters:
http://censeam.niwa.co.nz/censeam_news/newsletters
Novas espécies encontradas:
http://censeam.niwa.co.nz/outreach/censeam_creatures
Base de dados Montes Submarinos:
http://seamounts.sdsc.edu/


Monica Albuquerque
Licenciatura em Biologia
Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

ASSEMBLEIA GERAL - BioCEL

Núcleo de Estudantes de Biologia
BioCEL


Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias


Convoca-se nos termos dos Estatutos, todos os alunos do curso de Biologia da Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias para a Assembleia Geral Ordinária a realizar Segunda – Feira, dia 11 de Fevereiro de 2008 pelas 14.00h na Sala de Núcleos da A.A.U.L.H.T., com a seguinte Ordem de Trabalhos:

1) Informações;
2) Apresentação e votação da proposta de estatutos;
3) Votação da proposta de entrada para ANEBio;
4) Outros assuntos de interesse;


Se à hora marcada não estiverem presentes dois terços dos alunos de Biologia, será marcada nova Assembleia Geral Ordinária com a mesma Ordem de Trabalhos para as 14.30h, no mesmo dia.

Os Estatutos a serem aprovados na Assembleia Geral podem ser consultados no seguinte link:

Alargamento do prazo para submissões - Conferência Behavior & Individuality


Exmºs Srs/as

Como poderão ter notado o endereço de e-mail da Conferência Behavior & Individuality in Primates and other Mamals a decorrer na Universidade Lusófona, Lisboa, 17-18 Março de 2008 experimentou uma falha técnica e não recebeu mails durante cerca de 2 semanas. Pedimos as nossas desculpas e vimos anunciar que o prazo para submissão de posters, vídeos e fotografias para o concurso fotográfico no âmbito da Conferência foi alargado até ao dia 15 de Fevereiro, mantendo-se o preço especial anunciado inicialmente para 1 de Fevereiro.

Para mais informações queira ver a página da conferência na internet
Ou contacte-nos para o seguinte o e-mail, behav.individuality@ulusofona.pt ou no endereço abaixo:

Congresso Behaviour & Individuality in Primates and other Mammals,
a/c de Sandra Abrantes,
Coordenação do Curso de Biologia,
Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias,
Av. Do Campo Grande, 376, 1749-024 Lisboa, Portugal

Atenciosamente
A Comissão Organizadora

Novo método permite ler nos olhos dos mortos a data do nascimento

Investigadores na Dinamarca desenvolveram um método que permite apurar, através da análise da lente do olho, a data de nascimento de uma pessoa, revela um estudo ontem publicado pela revista científica PLoS ONE.


A descoberta - da autoria de investigadores da Universidade de Aarhus, na Dinamarca - poderá ajudar os cientistas forenses a determinar a data de nascimento de um corpo não identificado e ter outros desenvolvimentos no campo das Ciências da Saúde.


A lente do olho é constituída por proteínas transparentes, chamadas cristalinos, ligadas de forma tão estreita e particular que se comportam como cristais, através dos quais passa a luz, permitindo a visão. Acontece que estas proteínas se formam entre a concepção e a idade de 1-2 anos, e não sofrem alterações fundamentais durante o resto da vida, e foi isso que levou os cientistas a desenvolver o novo método.


O Carbono-14 é um isótopo radioactivo que ocorre naturalmente na natureza, onde se degrada em nitrogénio muito lentamente e de modo inofensivo para os seres humanos, plantas ou animais. Acresce que o carbono é um dos principais elementos orgânicos e entra e sai constantemente da cadeia alimentar, tal como acontece com a ínfima quantidade de C-14 existente na atmosfera.


Enquanto um organismo faz parte da cadeia alimentar, a quantidade de C-14 nas suas células mantém-se constante e a nível idêntico ao do conteúdo de C-14 na atmosfera, explicam os investigadores citados no site europeu de actualidade científica AlphaGalileo.


Porém, quando o organismo morre, a quantidade de C-14 vai baixando lentamente durante milhares de anos, enquanto se transforma em nitrogénio, e esta é a base do chamado método Carbono 14, conhecido como datação por radiocarbono, que os cientistas usam para datar achados biológicos ou arqueológicos de até há 60.000 anos.


C-14 duplicou
A quantidade de C-14 na atmosfera duplicou desde o final da Segunda Guerra Mundial, devido às explosões nucleares realizadas pelas grandes potências, mas desde os anos 60 tem vindo a diminuir lentamente para níveis naturais. Esta curva repentina deixou uma impressão na cadeia alimentar e consequentemente também nos cristalinos dos olhos, que absorveram o conteúdo acrescido de carbono através dos alimentos.


Como os cristalinos não sofrem alterações durante a vida, eles reflectem o conteúdo de C-14 presente na atmosfera no momento em que se formam. Com base nisso, um grande acelerador nuclear da Universidade de Aahrus permite agora determinar a quantidade de C-14 numa amostra tão ínfima como um miligrama de tecido lenticular, e dessa forma calcular o ano de nascimento.


Este método foi desenvolvido pelo professor associado Niels Lynnerup, do Departamento de Ciências Forenses, juntamente como Departamento de Patologia do Olho e o Departamento de Física e Astronomia da Universidade de Arhrus, na Dinamarca. Segundo Niels Lynnerup, está técnica pode ter várias outras aplicações.


"Como foi assinalado por outros investigadores, pensamos que a datação por carbono de proteínas e outras moléculas do corpo humano pode ser também usada para estudar quando certas espécies de tecido são geradas ou regeneradas" - afirmou.


"Isto pode, por exemplo, ser aplicado a tecido canceroso e a células cancerosas. Calculando a quantidade de C-14 nesses tecidos poderá porventura saber-se quando se formaram os tecidos cancerosos, e isso pode ajudar a compreender melhor o cancro", concluiu.


Texto adaptado deste site