Expedição encontra novas espécies
Uma expedição internacional, envolvendo investigadores australianos, franceses e japoneses, descobriu um elevado número de novas espécies marinhas numa região do oceano no leste da Antárctida, a dois quilómetros de profundidade. A equipa pensa ter descoberto pelo menos 75 novas espécies, incluindo "três ou quatro" criaturas muito estranhas.
Usando três navios oceanográficos, este projecto visa recensear uma vasta área do oceano sul, com temperaturas extremamente baixas. Em certas áreas, o chão oceânico mostrava profundas cicatrizes da passagem de icebergues. Em outros pontos, havia muito mais vida do que se podia imaginar.
Durante 20 dias, foi escrutinada uma área do fundo marinho equivalente a metade da superfície de Portugal continental. E os resultados foram surpreendentes, pela diversidade da vida recolhida em condições tão adversas, mas também pelas novidades encontradas. Todos os dias surgiam surpresas nas redes. A recolha de espécies ainda está a ser estudada, mas os cientistas calculam ter recolhido um mínimo de 1500 animais diferentes e, entre estes, talvez 10% da amostra seja de espécies novas. A identificação está em curso.
Estes ecossistemas são frágeis, pois a absorção de dióxido de carbono pelos oceanos, fenómeno que aumenta à medida que sobem os teores atmosféricos do gás, afecta o crescimento do esqueleto de animais em temperaturas baixas. Se a acumulação de dióxido de carbono prosseguir, estas espécies submarinas podem desaparecer antes de serem estudadas.
Retirado de: http://dn.sapo.pt/2008/02/21/ciencia/expedicao_encontra_novas_especies.html
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