quarta-feira, 29 de abril de 2009

Partiu-se bloco de gelo do tamanho de Nova Iorque


Uma zona de gelo na Antártida com uma área similar à de Nova Iorque partiu-se em icebergs.

Devido ao aquecimento global, uma área de gelo similar à cidade de Nova Iorque separou-se em icebergs na Antártida.

Angelika Humbert, da Universidade de Muenster na Alemanha, disse à agência Reuters que parte da plataforma de gelo Wilkins "tornou-se instável" e como consequência "os primeiros icebergs soltaram-se".

A Wilkins é uma zona gelada, do tamanho da Jamaica, que os especialistas temem que se venha a soltar da Antártida.

A especialista explicou à Reuters que a área que se tornou uma massa de icebergs tem um total de 700 quilómetros quadrados. De referir que a área de Singapura é de 692,7 quilómetros quadrados e Nova Iorque tem cerca de 785,5.

Cerca de 370 quilómetros quadrados de gelo partiram-se nos últimos dias. A esta área junta-se os 330 quilómetros quadrados que já se tinham desfragmentado durante este mês.

O grande degelo sentido ainda não afectou drasticamente o nível do mar, porque o gelo ainda está a flutuar.


Texto retirado do site.

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Pedido de voluntários para trabalho de campo com o xarroco lusitano, Halobatrachus didactylus.



O xarroco lusitano é uma espécie estuarina cujos machos nidificam debaixo de pedras em águas rasas entre Maio e Agosto. Os machos emitem chamadas do seu ninho (as sirenes) em coros para atrair as fêmeas para acasalar. Os machos permanecem no ninho a prestar cuidados parentais às posturas até os juvenis adquirirem vida livre. No âmbito de um projecto financiado pela FCT sobre a comunicação acústica no xarroco lusitano, foram colocados ninhos artificiais em zonas acessíveis na maré baixa e sem influência da acção humana (base da força aérea nº 6 do Montijo) de modo a ter acesso aos machos nidificantes nas marés baixas de grande amplitude (na lua nova e lua cheia). Se bem que os registos acústicos são feitos durante as marés mortas, nas marés baixas quando se tem acesso aos ninhos existe muito trabalho que exige a participação de muitas pessoas.
São assim pedidos voluntários para dar apoio logístico nestas marés baixas de grande amplitude (assinaladas a verde no Excel em anexo) para anotar informação em papel, virar ninhos, medir peixes no campo, tirar fotografias, cronometrar tempo de amostragem de sangue para hormonas, ajudar nas anestesias para a recolha de sangue etc. No ficheiro de Excel em anexo estão assinaladas a verde as datas e horas das marés prováveis para estas saídas de campo. De notar que quando há uma série de dias em que as marés são boas não se faz a amostragem em todos os dias mas no primeiro ou segundo que seja conveniente.
Quem estiver interessado em participar neste trabalho pode enviar um email para amorim@ispa.pt dando o vosso nome, tm, email de contacto, cv muito resumido e disponibilidade geral de participação no trabalho.
Agradeço a vossa atenção
Clara Amorim

Montijo
http://www.hidrografico.pt/previsao-mares.php
http://br.weather.com/weather/local/POXX0018?x=10&y=19

Data no servidor: 2009-02-17 11:14 +0000
Como a data no servidor do IH é a acima referida à na altura em que fiz este excel, é preciso acrescentar sempre 1 hora ao horários dos picos.
Quando mudar a hora oficialmente o servidor do IH já acrescentará 1 hora automaticamente. Portanto se virem online depois da mudança de hora oficial já não será necessário acrescentar 1 hora ao horário dos picos.

terça-feira, 21 de abril de 2009

Fotos do Parque Biológico de Gaia

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Programa Marinho da SPEA procura Voluntários



O Programa Marinho da SPEA está a realizar inquéritos a pescadores sobre a interacção da Pesca com as Aves, de modo a tentar avaliar o impacto que as capturas acidentais poderão ter em algumas espécies de aves marinhas. Procuramos voluntários que estejam interessados em realizar estes inquéritos nos seguintes portos de pesca: Matosinhos, Figueira da Foz, Sesimbra, Setúbal e Sines (recomenda-se que os voluntários residam ou se encontrem na área geográfica perto destes locais). Todas as despesas de deslocação e alimentação serão asseguradas pela SPEA, assim como um seguro de acidentes pessoais.

Os interessados deverão enviar um e-mail para joana.andrade@spea.pt até ao dia 28 de Abril, descrevendo brevemente qual a sua disponibilidade e interesse em colaborar com a SPEA.

domingo, 19 de abril de 2009

CONFERÊNCIAS CHARLES DARWIN 1º PAINEL – Biologia Evolutiva






Octávio Mateus

Museu da Lourinhã/Universidade Nova de Lisboa - http://www.museulourinha.org/

RESUMO: "A Evolução na perspectiva da paleontologia"

Os fósseis são um dos melhores testemunhos da evolução pois frequentemente mostram exemplos de organismos já extintos que foram uma etapa no processo de transformação lenta e gradual, cumulativa e adaptativa, não aleatória, a que chamamos evolução.

Excelentes exemplos são dados pelos vertebrados fósseis e pelos dinossauros. A evolução gradual destes animais de corpo reptiliano e sangue frio até às aves de sangue quente que hoje dominam tantos habitats terrestres é exemplificada por milhares de fósseis. É hoje claro que os dinossauros carnívoros terópodes deram origem às aves o que é patenteado por vários fósseis de dinossauros com penas. A origem de outros grupos de vertebrados como os cetáceos, os anfíbios e até os humanos está hoje bem suportada pelo registo fóssil.


Carlos Manuel Varela Bettencourt

Licenciado em Medicina Veterinária pela Escola Superior de Medicina Veterinária de Lisboa, Mestre em Fisiologia da Reprodução pela Universidade do Utah, Logan, EUA e Doutor em Fisiologia da Reprodução pela Universidade do Missouri, Columbia, Mo., EUA. É, entre outros, Responsável pela Gestão do Centro de Experimentação do Baixo Alentejo, Técnico Superior da Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Alentejo, Professor convidado de Fisiologia Animal e de Reprodução, Ginecologia e Obstetrícia da Faculdade de Medicina Veterinária da ULHT e Professor Auxiliar (30%) do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar – Medicina Veterinária (Teriogenologia). Está envolvido em diversos projectos de melhoramento e conservação genética (ex situ e in situ) de raças autóctones das espécies bovinas, ovinas, suínos e caprinos e autor de numerosas publicações na área da produção e fisiologia da reprodução de raças autóctones de espécies pecuárias.

RESUMO: O que Darwin não sabia sobre as espécies pecuárias portuguesas

"One species does change into another"- Darwin, 1837

“It is a truly wonderful fact... that all animals and all plants throughout all time and space should be related to each other.... I can see no explanation of this great fact in the classification of all organic beings; but to the best of my judgment, it is explained through inheritance and the complex action of natural selection." - Darwin, 1859

“I soon perceived that selection was the keystone of man's success in making useful races of animals and plants. But how selection could be applied to organisms living in a state of nature remained for some time a mystery to me.”- Darwin, 1887

Quando Charles Darwin em 1859 publicou pela primeira vez “On the Origin of Species”, assumiu que este trabalho era só o início: "In the distant future I see open fields for far more important researches,". O tempo veio a provar que estava certo e que, embora passados 150 anos, o conteúdo científico da sua obra se mantém relevante. Se atendermos ao facto que o termo “genética” só surge em 1905, 23 anos depois da sua morte, compreendemos a importância do “evolucionismo” na interpretação da biodiversidade fenotípica que caracterizava, à data, as populações animais existentes. Portugal, em termos de animais domésticos, mantém uma diversidade genética considerável, representada por 15 raças de ovinos, 5 de caprinos, 15 de bovinos, 3 de suínos, 4 de equinos, e 3 de galináceos. Estas raças constituem um património único desenvolvido ao longo de séculos. No entanto, e segundo os critérios da FAO, mais de metade das raças nacionais encontra-se actualmente em risco de extinção. À luz do “Darwinismo” a evolução destas espécies seria previsível se não houvesse intervenção do homem: “Man thus closely imitates Natural Selection”. A selecção “humana”, em muitos casos, sobrepõe-se á natural conduzindo ao “abismo” muitos recursos naturais. Inúmeros exemplos se aplicam à realidade portuguesa. Exemplos da responsabilidade do homem na quase extinção de raças bovinas autóctones tais como a Cachena, a Algarvia ou a Garvoneza, ou ovinas como a Campaniça e Merina Preta, ou a da suína Bísara e Malhado de Alcobaça ou das caprinas Algarvia e Serpentina são ilustrativos da teoria preconizada há 150 anos por Charles Darwin.

“Analogy would lead me one step further, namely, to the belief that all animals and plants have descended from someone prototype. But analogy may be a deceitful guide. Nevertheless all living things have much in common” Darwin, 1839.

“That methodical selection has done wonders within a recent period in modifying our cattle, no one doubts”. Darwin, 1868.

As semelhanças fenotípicas que se verificam entre algumas espécies pecuárias da América Latina e da Península Ibérica têm levado a comunidade científica a questionar-se sobre a sua origem. Curiosamente, raças sul americanas tais como a cabra Moxotó, o bovino Caracu, e o porco Nilo, embora apresentem características morfológicas comuns a congéneres ibéricas, esta proximidade, quando medida por com marcadores genéticos, até nem é muito grande. As diferenças poderão ser enquadradas numa teoria “evolucionista”? Terão resultado de um processo de selecção natural e/ou artificial durante 500 anos? Será que a selecção natural/artificial as foi afastando do material de origem? Terá sido um processo de deriva genética, em que uma pequena amostra levada originalmente já não estará representada hoje em dia? As novas biotecnologias actuais permitem responder a algumas das questões deixadas em aberto por Darwin em 1839 na “Voyage of the Beagle”. Muitas no entanto ficam ainda por responder!


Teresa Avelar

Teresa Avelar (n. 1957) obteve em 1979 a Licenciatura em Biologia na Universidade de Norwich, Reino Unido, mas, por não lhe ter sido concedida equivalência em Portugal, tornou a licenciar-se em 1983 na Universidade de Lisboa. Em 1991 obteve o Doutoramento em Biologia na Universidade de Lisboa. Desde então leccionou no Instituto Superior de Psicologia Aplicada (Lisboa) e na Universidade Lusófona. As suas publicações incluem os livros Ecologia das populações e comunidades (1996, Edições Gulbenkian, em colaboração com M.T. Rocha Pité), Quem tem medo de Charles Darwin (2004, Relógio d’Água, em colaboração com M. Matos e C. Rego) e Evolução e Criacionismo – uma relação impossível (2007, Quasi Edições, em colaboração com A. Gaspar, O. Mateus e F. Almada), e Evolução a duas vozes: Darwin e a Evolução, (2009, Bertrand Editora). Ao nível de investigação, colaborou com Margarida Matos em aspectos teóricos relacionados com a adaptação ao laboratório em Drosophila. Os seus interesses são principalmente na área da Evolução e História da Biologia Evolutiva.

RESUMO: Selecção natural e microevolução

Quando Darwin publicou A Origem das Espécies e propôs a selecção natural como principal mecanismo evolutivo, não havia dados empíricos demonstrando directamente a acção da selecção na Natureza. Hoje os exemplos são inúmeros – não só nos casos microorganismos que nós seleccionámos inadvertidamente para maior resistência a antibióticos, como em animais e plantas na Natureza. Iremos detalhar apenas alguns exemplos, escolhidos de modo a ilustrar a importância das contingências na selecção e a diversidade de espécies em que podemos demonstrar a sua acção.

Saída de Campo ao Parque Biológico de Gaia Realizada




A saída de campo ao Parque Biológico de Gaia, foi realizada com êxito. Foram observadas várias espécies de mamíferos e aves e algumas de répteis e anfíbios. O parque possuí também uma grande variedade no que toca a flora, porpocionando um bom ambiente para as espécies de animais que o habitam.

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Conferências Charles Darwin na Universidade Lusófona


27 de Abril
15:00h-17:30h
BIOLOGIA EVOLUTIVA
Auditório Victor de Sá

- Octávio Mateus
"A Evolução na perspectiva da paleontologia"

- Carlos Manuel Varela Bettencourt
"O que Darwin não sabia sobre as espécies pecuárias portuguesas"

- Teresa Avelar
"Selecção natural e microevolução"


05 de Maio
15:00h-17:30h
OLHARES SOBRE DARWIN
Auditório Victor de Sá


19 de Maio
15:00h-17:30h
EVOLUCIONISMO E SOCIEDADE
Auditório Agostinho da Silva

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Ciclo de conferências: A Evolução de Darwin


14-Abril: Lynn Margulis, Univ Massachussets (US) - "Evolution ona Gaia Planet: Darwin's legacy"


"Lynn Margulis é uma das referências internacionais da Biologia.
Juntamente com James Watson (co-descobridor da estrutura do DNA) será por ventura a bióloga viva com mais relevo e presença em livros de texto de Biologia, desde o nível secundário ao universitário.
Grande parte deste relevo advém da sua longa paixão pelas origens da vida e da sua organização tal como a conhecemos, que a levou a trabalhar e ser umas das divulgadoras mais importantes a todos os níveis de audiência, na teoria da endossimbiose, que hoje é aceite universalmente como a hipótese mais plausível da transição das células procarióticas - sem núcleo (bactérias, arquea) para eucarióticas - com núcleo (protozoários, plantas, fungos eanimais) (vide o artigo histórico de 1968, Science. 161:1020-1022).

Possuidora de uma cultura biológica enciclopédica, e de um espirito de investigação e experimental notável, Lynn associa-lhes uma energia e intensidade raras, que a leva também a ser uma autora prolífica, com mais de uma centena de artigos cientificos, e uma série de livros clássicos que divulgaram estas ideias pelo público em geral, muitos em co-autoria com o seu filho Dorian Sagan, no belíssimo "What is life", uma re-iteração do livro de Erwan Schrodinger que poderá ter revolucionado a Biologia do séc. XX.
Em 1974 Lynn seria co-autora com James Lovelock de um artigo paradigmático em que funda o conceito de Gaia (Homeostatic tendencies of the earth's atmosphere.Lovelock JE, Margulis L. Orig Life. 1974 Jan-Apr;5(1):93-103) que, simultaneamente, serviu de bandeira a grande número de movimentos ambientalistas, e por outro formou uma interface extraordinariamente fecunda entre a Biologia, a Geologia e a Meterologia para o entendimento da complexidade do planeta e da sua sustentabilidade.


Esta energia tem sido também aclamada pelo mundo inteiro nas centenas de conferências e seminários que Lynn profere todos os anos. Por todos os motivos, a não perder."


A Professora Margulis falará em inglês, com tradução simultânea para português.


ATENÇÃO: esta conferência, excepcionalmente, poderá NÃO SER transmitida por webcast pela FCCN. O mais seguro é aparecer naGulbenkian, mas tentaremos manter o público alerta, consulte a webpage da gulbenkian (http://www.gulbenkian.pt/)

X Jornadas de Biologia Aplicada - "Biologia em Jogo"

No seguimento da tradição de anos anteriores, vão realizar-se as X
Jornadas de Biologia Aplicada 08/09, subordinadas ao tema "Biologia em
Jogo". Este evento é organizado por uma Comissão de alunos finalistas
do curso de Biologia Aplicada, em colaboração com o Núcleo de
Estudantes de Biologia Aplicada da Universidade do Minho.

As Jornadas de Biologia Aplicada vão decorrer entre os dias 22 e 25 de
Abril de 2009 no Campus de Gualtar da Universidade do Minho, com
apresentação temática de trabalhos científicos, realização de
workshops, exibição de documentários e tertúlias.

Dia 22 canta-se os Parabéns pelo 10º aniversário das Jornadas, dia 23
são lançados os dados à Biotecnologia, dia 24 ao ambiente e no último
dia joga-se com a Saúde.

Ainda será possível ver, durante a realização das Jornadas, uma
exposição de cartoons subordinado ao tema “Darwin 2009: Odisseia da
Evolução” com trabalhos de cartoonistas de todo o mundo, celebrando
desta forma os 200 anos do nascimento de Charles Darwin e os 150 anos
da publicação da obra “A origem das Espécies”.

As inscrições e mais informações estão disponíveis no site: www.xjornadasba.com

Lança-te na Biologia e não percas a jogada!

domingo, 12 de abril de 2009

Portugueses com maior predisposição ao Parkinson

"Portugal é um dos países europeus mais predisposto ao Parkinson por causa de uma mutação genética frequente na população portuguesa, conhecida por Park 8, e que está associada àquela doença, revela uma investigação do Hospital de Santa Maria (Lisboa).

"Há alterações genéticas que são particularmente frequentes na população portuguesa, nomeadamente a Park 8, que é uma mutação associada a esta doença e que é particularmente prevalente nos países do Sul da Europa, principalmente em Portugal e Espanha", disse à agência Lusa Joaquim Ferreira, neurologista do Hospital Santa Maria.

Joaquim Ferreira, que falava à Lusa a propósito do Dia Mundial da Doença de Parkinson, que se assinalou sábado, adiantou que actualmente "não há nenhuma forma de prevenir a doença de Parkinson", que, segundo estimativas, afecta cerca de 20 mil portugueses.

Mas, segundo o neurologista, este estudo sobre as alterações genéticas ligadas à doença de Parkinson pode permitir que pessoas em risco de vir a ter a doença nunca a cheguem a desenvolver.

"Se nós conseguirmos saber mais sobre essas alterações genéticas podemos eventualmente vir a identificar pessoas em risco de terem a doença mesmo antes dos sinais aparecerem e estudar medicamentos que possam ser testados nessas pessoas", explicou o médico da Sociedade Portuguesa de Neurologia.

O neurologista adiantou que os investigadores estão a trabalhar para que "daqui a 10 ou 20 anos possa haver armas que permitam que pessoas em risco de vir a ter a doença nunca cheguem a desenvolver os sinais".

"É uma área de investigação importante, com a relevância de que Portugal provavelmente é uma área de risco adicional porque essa mutação existe frequentemente na população de doentes", sublinhou à Lusa o também coordenador do estudo.

O neurologista salientou ainda que esta investigação dá "uma mensagem de esperança e de optimismo de que há coisas a acontecer" nesta área em Portugal, que está a fazer investigação em parceria com outros centros europeus.

A doença de Parkinson é uma doença crónica neurodegenerativa que afecta uma região do cérebro, provocando um desequilíbrio do sistema nervoso que afecta os movimentos corporais."




Texto retirado de: http://sic.aeiou.pt/online/noticias/vida/Portugueses+com+maior+predisposicao+ao+Parkinson.htm

sábado, 11 de abril de 2009

Baleia Piloto recuperada irá para os Estados Unidos


A Baleia Piloto (Globicephala melaena) macho que arrojou na praia da Nazaré, e que tem estado em recuperação no Jardim Zoológico de Lisboa, irá ser enviada para o Sea World Califórnia.
Inicialmente, esteve no Centro de Reabilitação de Quiaios, mas acabou por ir para o Jardim Zoológico de Lisboa, porque a piscina de Quiaios não era muito grande. A razão desta acção, é o facto de o jardim Zoológico não possuir tanques com espaço suficiente para um animal desta espécie, no estado adulto. Durante 2 anos, a baleia esteve em recuperação e pôde crescer com os cuidados necessários à sua sobrevivência, agora que será transferida para um novo lar, irá ter a companhia de 2 Baleias Piloto fêmeas, e outros 9 golfinhos Roazes Corvineiros (Tursiops truncatus).

A recuperação deste animal foi um sucesso, embora não seja possível liberta-lo, pois devido ao facto de ter sido resgatado ainda muito jovem, não teve a possibilidade de aprender a sobreviver em liberdade, sendo por isso que provavelmente, terá de viver toda a sua vida em cativeiro.

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Redução de níquel nos oceanos fez aparecer formas complexas de vida

O aumento da concentração de oxigénio na atmosfera que permitiu o aparecimento das formas complexas de vida deveu-se a uma redução da quantidade de níquel na Terra há 2,4 mil milhões de anos.


Esta é a conclusão de um estudo de investigadores norte-americanos e canadianos hoje publicado na revista Nature.

Segundo os cientistas, a oxigenação "alterou de forma irremediável o ambiente à superfície da Terra e tornou possível as formas de vida avançadas", segundo Dominique Papineau, do Laboratório de Geofísica do Instituto Carnegie e co-autor do estudo.

Naquela época, a vida na Terra limitava-se a organismos simples, os archea e as bactérias. Só depois da oxigenação da atmosfera surgiram os eucariotas, terceiro grande ramo da árvore da vida a que pertencem todas as plantas e animais pluricelulares.

Os investigadores já sabiam que o aumento da concentração de oxigénio se deveu ao declínio rápido do nível de metano na atmosfera, mas desconheciam a causa.

Ao analisar formações rochosas anteriores a 2,4 mil milhões de anos, a equipa de Kurt Konhauser, da Universidade de Alberta em Edmonton, no Canadá, constatou que os níveis de níquel caíram bruscamente pouco antes de o oxigénio se tornar mais abundante.

Organismos consumiam níquel

Antes da oxigenação, a vida era dominada pelos metanogenes, organismos unicelulares que rejeitam metano em grandes quantidades e impedem a concentração do oxigénio na atmosfera. Para metabolizar o metano, esses organismos consumiam níquel, que há 2,7 mil milhões de anos estava presente à superfície do planeta em quantidade 400 vezes superior à que se regista actualmente.

Há 2,5 mil milhões de anos, a quantidade de níquel já tinha baixado para metade e algumas centenas de milhões de anos depois os metanogenes estavam em declínio, por falta de nutrientes.

Esse declínio abriu caminho à multiplicação das cianobactérias, e depois ao aparecimento de organismos mais complexos, entre os quais, várias centenas de milhões de anos depois, os eucariotas.

Os cientistas pensam que a diminuição da quantidade de níquel à superfície da Terra se deveu a uma alteração de temperatura no manto que provocou uma diminuição dos fluxos de lava ricos em níquel do interior do planeta para os oceanos.

Informação retirada de: site