quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Diabetes pode ser diagnosticada décadas antes de aparecer

Investigadores garantem que é possível prever a doença desde a pré-adolescência


Um estudo publicado no último número da “Archives of Pediactrics & Adolescent Medicine” abre caminho para travar o crescimento da diabetes tipo 2.

Conhecer quem corre um maior perigo de sofrer da doença é a forma de começar desde cedo com medidas de prevenção, que se resumem sobretudo a um estilo de vida saudável.

Os responsáveis pela investigação, do Hospital Infantil de Cincinnati, nos Estados Unidos, comprovaram que é possível prever o aparecimento da doença desde a pré-adolescência com indicadores simples e de utilização corrente nas consultas médicas.

Sabe-se que uma criança que não faça exercício físico e se alimente mal terá pior saúde quando for adulto e corre mais risco de sofrer de certas doenças, como a diabetes tipo 2. Mas há questões mais concretas, por exemplo: quando é que o excesso de peso é preocupante ou que implicações poderão surgir pela tensão arterial elevada?

Os investigadores observaram o estado de saúde de quase dois mil indivíduos quando tinham nove e 10 anos de idade e após nove e 26 anos. Nas análises observaram a tensão arterial, o Índice de Massa Corporal (IMC), a glicose no sangue, os antecedentes familiares desta patologia e os níveis de colesterol e triglicerídeos, entre outros parâmetros.

Prevenir pode ser solução

Finalizados os testes, os cientistas constataram a veracidade da sua hipótese inicial: os adultos que desenvolveram a patologia eram aqueles que tiveram piores pontuações nos marcadores estudados durante a sua infância.

Nem todas as ferramentas utilizadas se revelaram igualmente úteis. A tensão arterial, o IMC e os níveis de glicose e triglicerídeos e a existência de pelo menos um progenitor afectado foram os indicadores mais certos na hora de prever o desenvolvimento da diabetes tipo 2. As pessoas com um historial infantil saudável têm, ao fim de 30 anos, apenas um por cento do risco de padecer da doença.

Os autores consideram que os resultados deste estudo deveriam servir como mote para prevenir a diabetes tipo 2 desde a infância e aconselham os pediatras a por em marcha as medidas de prevenção baseadas na dieta, exercício físico e até mesmo medicação, em casos em que a tensão e as análises de sangue prognostiquem um risco mais elevado.

Segundo o mesmo estudo, é ainda necessária uma atenção especial às crianças obesas com familiares directos que sofram da patologia e aos indivíduos negros, já que se observou que têm uma maior predisposição para desenvolver a diabetes tipo 2.

Informação retirada do site

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