quarta-feira, 22 de julho de 2009

Divulgação de Mestrados


Divulgação de Mestrados
Dia 23 de Julho no Auditório Agostinho da Silva

Programa:

14:30 - Abertura da Sessão

15:00 - Mestrado "Quimica em Óleos essenciais

15:30 - Mestrado " Engenharia Biotecnológica"

16:00 - Intervalo

16:30 - Mestrado "Biologia do Desenvolvimento"

17:00 - Mestrado " Ensino da Biologia e Geologia"

17:30 - Mestrado " Engenharia do Ambiente"

18:00 - Encerramento

terça-feira, 21 de julho de 2009

«Walking on the Moon» há 40 anos!

Em 21 de Julho de 1969, o Mundo viu com sofreguidão pé humano pisar pela primeira vez a Lua

A tripulação da Apollo 11. Da esquerda para a direita: Armstrong, Collins, Aldrin

Comemora-se, nos Estados Unidos, a chegada do Homem à Lua. Armstrong pisou pela primeira vez o solo lunar às 22h56 (hora de Nova Iorque) do dia 20 de Julho de 1969. Curiosamente, em Portugal eram 3h56 da manhã de dia 21 de Julho. Por isso, hoje, em Portugal, passarão 40 anos desde que o Homem foi pela primeira vez à Lua.

A 4 de Outubro de 1957, o soviético Sputnik, tornou-se no primeiro satélite a orbitar a Terra. A 3 de Novembro de 1957, a cadela soviética Laika tornou-se no primeiro animal a deixar a Terra. A 12 de Abril de 1961, o soviético Yuri Gagarin tornou-se no primeiro humano a orbitar a Terra. A 16 de Junho de 1963, a soviética Valentina Tereshkova tornou-se na primeira mulher a chegar ao espaço. A 18 de Março de 1965, o soviético Alexey Leonov tornou-se no primeiro humano a sair da nave espacial para “caminhar” pelo espaço; curiosamente, Leonov foi o cosmonauta escolhido pela União Soviética para ser o primeiro humano a pôr um pé na Lua. Todos estes primeiros lugares conseguidos pelos Soviéticos não passaram desapercebidos aos americanos.

O Presidente Kennedy deu os primeiros sinais de que queria mudar o rumo das coisas numa Sessão Conjunta do Congresso, a 25 de Maio de 1961. Nesse discurso, algumas palavras ficaram famosas: “First, I believe that this nation should commit itself to achieving the goal, before this decade is out, of landing a man on the Moon and returning him back safely to the Earth” (“Em primeiro lugar, acredito que esta nação deve dar tudo para atingir o objectivo, antes desta década acabar, de pousar um homem na Lua e retorná-lo com segurança à Terra”).

O mesmo Presidente, na Universidade Rice, a 12 de Setembro de 1962, espalhou mais umas palavras memoráveis: “No nation which expects to be the leader of other nations can expect to stay behind in this race for space” (“Nenhuma nação que espera ser o líder das outras nações poderá perder a corrida espacial”), e “We choose to go to the Moon in this decade and do the other things, not because they are easy, but because they are hard” (“Nós escolhemos ir à Lua nesta década e fazer outras coisas, não porque elas são fáceis, mas sim porque elas são difíceis”).

Kennedy pôs os EUA a trabalharem para um objectivo comum e grandioso, empregando milhões de pessoas e, sobretudo, dando-lhes algo com que sonhar.

Após as missões Mercury e Gemini, vieram as missões Apollo. A 16 de Julho de 1969, a Apollo 11 partiu em direcção à Lua, com o comandante Neil Armstrong, o piloto do Módulo Lunar Edwin “Buzz” Aldrin, e o piloto do Módulo de Comando Michael Collins. A 19 de Julho, a Apollo 11 entrou em órbita lunar. A 20 de Julho, numa descida dramática, com somente 25 segundos de combustível disponível, Armstrong pousou o módulo lunar. Às 21h17 em Portugal, o sonho de Kennedy e de muitos outros “loucos idealistas” concretizava-se. Nas famosas palavras de Armstrong: “Houston, Tranquility Base here. The Eagle has landed”. (“Houston, estamos na Base Tranquilidade. A Águia pousou”). A Apollo 11 pousou na região lunar denominada Mar da Tranquilidade e o módulo lunar tinha sido denominado de Águia.

Na madrugada do dia 21 de Julho em Portugal, Armstrong saiu do módulo lunar. Às 3h56, ao pisar o solo lunar, Neil Armstrong pronunciou as famosas palavras: “That’s one small step for man, one giant leap for mankind” (”Este é um pequeno passo para o homem, um salto gigante para a humanidade”).

Quinze minutos mais tarde Buzz Aldrin também pisou o solo lunar, descrevendo-o como uma “magnificent desolation” (”desolação magnífica”).

Após pouco mais de 2 horas e meia na superfície lunar, de carregarem com mais de 20 quilos de rochas e pó lunar, de deixarem reflectores na Lua de modo a calcularem a distância Terra-Lua por laser, de deixarem a bandeira americana cosida pela portuguesa Maria Isilda Ribeiro que trabalhava em New Jersey, de deixarem a placa dizendo “Here Men From The Planet Earth First Set Foot Upon the Moon, July 1969 A.D. We Came in Peace For All Mankind” (“Em Julho de 1969, Humanos do Planeta Terra pela primeira vez puseram o pé na Lua. Viemos em paz por toda a humanidade”), entre outras experiências científicas que realizaram e outras coisas que deixaram por lá, os astronautas da Apollo 11 finalmente deixaram a Lua, e fizeram a viagem de regresso à Terra.

A 24 de Julho de 1969, às 17h50 em Portugal, voltaram à Terra são e salvos, como Kennedy tinha anunciado oito anos antes. Depois da Apollo 11 em Julho de 1969, foram também à Lua as missões: Apollo 12 em Novembro de 1969, Apollo 14 em Fevereiro de 1971, Apollo 15 em Julho/Agosto de 1971, Apollo 16 em Abril de 1972, e Apollo 17 em Dezembro de 1972.


Texto por Carlos F. Oliveira, Investigador, estudante de doutoramento e professor de astrobiologia na Universidade de Austin (Texas)

Retirado do site

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Centro de Neurociências e Biologia Celular: três em um!

Programa MIT - Portugal reconhece investigação desenvolvida na Universidade de Coimbra


Uma investigação médica, realizada em Coimbra, que procura conhecer o funcionamento das células e contribuir para o desenvolvimento de novos fármacos que reparem cérebros doentes foi distinguida com um prémio do Programa MIT – Portugal.

A plataforma científica, desenvolvida no Centro de Neurociências e Biologia Celular (CNC) da Universidade de Coimbra “acaba de vencer a competição das Bio-Innovation Teams (Bio-Teams)”, promovida pelo Programa MIT – Portugal, e foi o terceiro prémio que obteve no espaço de um ano (dois nacionais e um internacional), revela uma nota de imprensa da instituição.

João Malva, da Faculdade de Medicina de Coimbra, adiantou à Agência Lusa que a investigação que coordena se desenrola há quatro anos no domínio da reparação cerebral, em torno das propriedades das células e na identificação de novos fármacos. Segundo uma nota de imprensa da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC), o resultado da investigação encontra-se já protegido por cinco patentes internacionais.

Além da busca de novos fármacos que reparem as doenças no cérebro, o conhecimento do funcionamento das células, segundo o investigador, poderá vir a possibilitar a “educação das células imaturas” (estaminais) para gerarem neurónios que substituam os que se encontram danificados.

“Em resumo, a plataforma permite avaliar, em simultâneo, um gigantesco número e diversidade de células e obter a informação detalhada do comportamento de cada uma”, explica o investigador.

Estas pesquisas de novas estratégias neuroprotectoras e de reparação cerebral, que João Malva classifica de “investigação pura”, poderão ser úteis no tratamento de doenças neurogenerativas, como as doenças de Alzheimer ou de Parkinson.

“Explorando a capacidade do cérebro adulto, de gerar novas células do cérebro, esperamos que um dia a ciência consiga utilizar este potencial para curar doenças”, conclui João Malva.

retirado do site

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Grande Barreira de Coral em perigo

O maior e mais diverso ecossistema marinho está em risco devido ao aumento da temperatura dos mares bem como à sua acidificação por absorção de dióxido de carbono, estando condenado se as emissões de carbono continuam a crescer a este ritmo.

Quem o afirma é Charlie Veron, antigo cientista principal do Instituto Australiano de Ciência Marinha que adverte “Não existe nenhuma saída, nenhuma escapatória. A Grande Barreira de Coral terá desaparecido dentro de 20 anos ou assim”. De acordo com o investigador, uma vez atingidos os níveis de dióxido de carbono previstos para entre 2030 e 2060, os corais estão condenados à extinção.´

Este aviso de um eminente cientista surge ao mesmo tempo que a Zoological Society of London (ZSL) e a International Programme on the State of the Ocean (IPSO), depois de reunir em Londres, afirmam em comunicado que a meio do século as extinções dos recifes de coral por todo o mundo serão inevitáveis.

Segundo Alex Roger, director científico da IPSO “Os recifes de coral são os ecossistemas marinhos mais sensíveis” O aumento do dióxido das emissões de dióxido de carbono tem o duplo efeito de causar a redução do pH marinho bem como o aquecimento das águas, influenciando negativamente os corais de duas maneiras. Por um lado, o aumento da temperatura faz com que os corais expulsem as algas simbióticas que lhes fornecem nutrientes enquanto, por outro lado, a acidificação da água impede os corais de crescer. “Os corais estão seguros a 350 ppm de CO2. Hoje estamos 387ppm. A partir dos 450ppm o destino dos corais está traçado” afirma Alex Roger.

A Grande Barreira de Coral vale hoje 4,5 biliões de dólares por ano e todos os recifes do mundo em conjunto ascendem aos 300 biliões de dólares. “Mas isto é trivial comparado com os custos se os recifes de coral falharem” adverte Veron. “Então não vai ser uma questão de lucro, vai ser uma questão de danos causados às formas de vida, às economias e aos ecossistemas”, afirma o investigador.

Texto retirado daqui

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Técnicos Superiores

No âmbito das suas actividades na ilha do Faial o OMA - Observatório do Mar dos Açores, pretende receber manifestações de interesse de licenciados nas áreas de Geologia, Geografia, Biologia, Engenharia do Ambiente ou afins, para eventual colaboração durante o ano em curso.

Especial interesse em licenciados com alguma experiência nas áreas de ensino, dinamização de eventos e acompanhamento de visitas guiadas, que dominem a língua inglesa (conversação).

Os interessados poderão entregar o seu CV no OMA (Fábrica da Baleia – Monte da Guia), ou enviar por e-mail (geral@oma.pt) idealmente até dia 25 Julho de 2009, indicando qual a sua disponibilidade para eventual colaboração. Para qualquer esclarecimento adicional, contactar 926623369 ou 292 292 140.

quarta-feira, 8 de julho de 2009

BioHumor

Um momento de "relax" entre a época de exames:

sábado, 4 de julho de 2009

Revista «Nature» publica estudo do Consórcio Internacional para a Esquizofrenia

Cientistas da Universidade de Coimbra participam em investigação reveladora

Origem genética da esquizofrenia estará afinal no efeito conjunto de um número alargado de genes, confirma um estudo do Consórcio Internacional para a Esquizofrenia, que a Universidade de Coimbra integra. O trabalho comprova ainda que parte da vulnerabilidade genética da esquizofrenia é comum à doença bipolar.

Os resultados desta investigação, na qual participaram psiquiatras do Instituto de Psicologia Médica da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra (FMUC), foram publicados a 1 de julho na revista «Nature».

“Cada gene individualmente tem um efeito muito pequeno, só a soma de todos esses genes é que determinam o efeito geral”, explica ainda António Ferreira de Macedo, investigador da FMUC que, com Maria Helena Pinto de Azevedo, é um dos co-autores do artigo.

O estudo permitiu identificar associações significativas num gene do cromossoma 22, numa vasta região do cromossoma 6, e num gene localizado no cromossoma 2. Apesar de a esquizofrenia ser uma doença de transmissão complexa – para além de envolver uma forte componente genética, existem ainda factores ambientais no desencadeamento da patologia –, a identificação dos genes envolvidos poderá ter, a médio ou longo prazo, implicações na melhoria do diagnóstico e no desenvolvimento de fármacos.

«Se forem descobertos os mecanismos causais da doença poderão ser desenvolvidos fármacos que intervenham melhor nesses mecanismos», refere António Ferreira de Macedo.

Esquizofrenia e doença bipolar

O estudo comparou ainda os resultados obtidos com amostras de doentes bipolares, concluindo que um número significativo dos genes envolvidos no caso da esquizofrenia é comum à doença bipolar. «Uma boa parte das variações genéticas envolvidas são comuns a ambas as doenças, isto é, a esquizofrenia e doença bipolar partilham parte da sua vulnerabilidade genética», indica António Ferreira de Macedo.

O estudo baseou-se no método do genome-wide association study, que permite identificar rapidamente marcadores ao longo do ADN completo de diversas pessoas na procura de variações genéticas. A amostra, que reuniu os dados recolhidos ao longo de vários anos por diversos centros de investigação europeus, nomeadamente da FMUC, envolveu 3322 europeus com esquizofrenia e 3587 pessoas no grupo de controlo (pessoas sem a doença).

Artigo: «Common polygenic variation contributes to risk of schizophrenia and bipolar disorder», The International Schizophrenia Consortium, «Nature» (link: www.nature.com/nature/journal/vaop/ncurrent/full/nature08185.html)


retirado do site

Código genético não é universal e pode evoluir em raros casos


Um dos maiores dogmas da Biologia afirma que todos os seres vivos utilizam o mesmo código genético, ou seja, usam regras idênticas para construir proteínas. É nesta declaração que surge uma contradição, segundo explicou Manuel Santos, investigador do Departamento de Biologia da Universidade de Aveiro (UA).


Um consórcio internacional liderado por investigadores do Broad Institute – Instituto conjunto da Universidade de Harvard e do MIT – que integra um grupo de investigadores da UA e do seu Laboratório Associado, o Centro de Estudos do Ambiente e do Mar (CESAM), publica um artigo na revista «Nature» com os resultados de um estudo que apresenta a sequenciação e anotação dos genomas de oito fungos patogénicos.

A investigação mostra como oito fungos patogénicos interagem com o sistema imunitário e como causam infecção, revelando, ainda, características fundamentais dos seus genomas que permitem compreender a sua ecologia, mecanismos de reprodução e adaptação.

“Muitas vezes, o código genético é confundido com o genoma, mas são diferentes”, relembra Manuel Santos. O investigador assinala ainda ao «Ciência Hoje» que “o primeiro corresponde a um conjunto de regras bioquímicas que define como a informação contida no DNA é traduzida para a que está contida nas proteínas”.

O artigo explica como é possível alterar o código genético e é aqui que surge uma violação desse dogma da Biologia, ou seja, uma das teorias desta ciência “diz que o código genético é universal, não pode evoluir e caso aconteça poderá ser letal, mas este estudo invalida esta afirmação”, reiterou o investigador da UA.

No código genético, a informação distribui-se num conjunto de três letras ao qual se chama codão e, por exemplo, o CTG é lido como leucinas (células que lêem as proteínas) e “se houver uma troca altera-se o significado, tal como num texto”.

Casos raros

No entanto, Manuel Santos assinala que “acontece apenas em casos raros” e “levanta muitas questões”. As proteínas quando sintetizadas “são alteradas”. Por exemplo, nas células humanas verificam-se dois genomas: “o nuclear, que contém todos os genes que nos formam e o mitocondrial, muito mais pequeno e onde se pode observar uma alteração ao código genético, embora diferente da dos fungos”, refere.

Estes escassos casos são mais comuns em Mitocôndrias (um dos organelos celulares mais importantes para respiração celular) dos eucariotas (organismos cujas células têm núcleo definido).

Para o docente da UA, esta alteração não é novidade, mas sim o facto de se poder explicar a forma como evolui. “Para entender este código químico é necessário conhecê-lo, tal como um código Morse ou Braille”.

A análise dos fungos em estudo relevou que os codões CUG, que no código genético dos outros seres vivos codificam o aminoácido leucina, alteraram a sua identidade para o aminoácido serina. Os resultados mostram que 99 por cento dos codões CUG originais desapareceram destes genomas e que reemergiram em novas posições nos genes com um significado diferente. Por último, o estudo revê o catálogo dos genes do principal fungo patogénico Candida albicans, identificando inúmeros genes novos.

O artigo publicado reporta os fungos do género Candida como sendo a maior causa de infecções fúngicas oportunistas a nível mundial, fala das sequências dos genomas de oito espécies e compara-os destacando os patogénicos e não patogénicos.

Nos primeiros existe uma expansão significativa no número de genes que codificam componentes das paredes celulares e de proteínas excretadas, bem como de outras proteínas envolvidas no transporte de nutrientes do meio ambiente para o interior das células, o que sugere adaptações associadas à patogénese nestes fungos.

“Em três das espécies diplóides grandes regiões do genoma são homozigóticas, sugerindo recombinação recente dos seus genomas. Surpreendentemente, em algumas das espécies não foi possível encontrar vários dos componentes que controlam o mecanismo de divisão celular, o que levanta novas questões sobre a maneira como estes fungos se produzem”, pode ler-se no artigo.

Retirado do site