Revista «Nature» publica estudo do Consórcio Internacional para a Esquizofrenia
Cientistas da Universidade de Coimbra participam em investigação reveladora
Origem genética da esquizofrenia estará afinal no efeito conjunto de um número alargado de genes, confirma um estudo do Consórcio Internacional para a Esquizofrenia, que a Universidade de Coimbra integra. O trabalho comprova ainda que parte da vulnerabilidade genética da esquizofrenia é comum à doença bipolar.
Os resultados desta investigação, na qual participaram psiquiatras do Instituto de Psicologia Médica da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra (FMUC), foram publicados a 1 de julho na revista «Nature».
“Cada gene individualmente tem um efeito muito pequeno, só a soma de todos esses genes é que determinam o efeito geral”, explica ainda António Ferreira de Macedo, investigador da FMUC que, com Maria Helena Pinto de Azevedo, é um dos co-autores do artigo.
O estudo permitiu identificar associações significativas num gene do cromossoma 22, numa vasta região do cromossoma 6, e num gene localizado no cromossoma 2. Apesar de a esquizofrenia ser uma doença de transmissão complexa – para além de envolver uma forte componente genética, existem ainda factores ambientais no desencadeamento da patologia –, a identificação dos genes envolvidos poderá ter, a médio ou longo prazo, implicações na melhoria do diagnóstico e no desenvolvimento de fármacos.
«Se forem descobertos os mecanismos causais da doença poderão ser desenvolvidos fármacos que intervenham melhor nesses mecanismos», refere António Ferreira de Macedo.
Esquizofrenia e doença bipolar
O estudo comparou ainda os resultados obtidos com amostras de doentes bipolares, concluindo que um número significativo dos genes envolvidos no caso da esquizofrenia é comum à doença bipolar. «Uma boa parte das variações genéticas envolvidas são comuns a ambas as doenças, isto é, a esquizofrenia e doença bipolar partilham parte da sua vulnerabilidade genética», indica António Ferreira de Macedo.
O estudo baseou-se no método do genome-wide association study, que permite identificar rapidamente marcadores ao longo do ADN completo de diversas pessoas na procura de variações genéticas. A amostra, que reuniu os dados recolhidos ao longo de vários anos por diversos centros de investigação europeus, nomeadamente da FMUC, envolveu 3322 europeus com esquizofrenia e 3587 pessoas no grupo de controlo (pessoas sem a doença).
Artigo: «Common polygenic variation contributes to risk of schizophrenia and bipolar disorder», The International Schizophrenia Consortium, «Nature» (link: www.nature.com/nature/journal/vaop/ncurrent/full/nature08185.html)
Os resultados desta investigação, na qual participaram psiquiatras do Instituto de Psicologia Médica da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra (FMUC), foram publicados a 1 de julho na revista «Nature».
“Cada gene individualmente tem um efeito muito pequeno, só a soma de todos esses genes é que determinam o efeito geral”, explica ainda António Ferreira de Macedo, investigador da FMUC que, com Maria Helena Pinto de Azevedo, é um dos co-autores do artigo.
O estudo permitiu identificar associações significativas num gene do cromossoma 22, numa vasta região do cromossoma 6, e num gene localizado no cromossoma 2. Apesar de a esquizofrenia ser uma doença de transmissão complexa – para além de envolver uma forte componente genética, existem ainda factores ambientais no desencadeamento da patologia –, a identificação dos genes envolvidos poderá ter, a médio ou longo prazo, implicações na melhoria do diagnóstico e no desenvolvimento de fármacos.
«Se forem descobertos os mecanismos causais da doença poderão ser desenvolvidos fármacos que intervenham melhor nesses mecanismos», refere António Ferreira de Macedo.
Esquizofrenia e doença bipolar
O estudo comparou ainda os resultados obtidos com amostras de doentes bipolares, concluindo que um número significativo dos genes envolvidos no caso da esquizofrenia é comum à doença bipolar. «Uma boa parte das variações genéticas envolvidas são comuns a ambas as doenças, isto é, a esquizofrenia e doença bipolar partilham parte da sua vulnerabilidade genética», indica António Ferreira de Macedo.
O estudo baseou-se no método do genome-wide association study, que permite identificar rapidamente marcadores ao longo do ADN completo de diversas pessoas na procura de variações genéticas. A amostra, que reuniu os dados recolhidos ao longo de vários anos por diversos centros de investigação europeus, nomeadamente da FMUC, envolveu 3322 europeus com esquizofrenia e 3587 pessoas no grupo de controlo (pessoas sem a doença).
Artigo: «Common polygenic variation contributes to risk of schizophrenia and bipolar disorder», The International Schizophrenia Consortium, «Nature» (link: www.nature.com/nature/journal/vaop/ncurrent/full/nature08185.html)
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