sábado, 22 de novembro de 2008

Transplante de traqueia com tecido do paciente

Um transplante de traqueia com tecido do próprio para conseguir que o sistema imunitário aceitasse o órgão, hibrido, sem necessidade de recorrer a medicação imunosupressora foi o resultado de um trabalho de médicos do Hospital Clínic de Barcelona e do Politécnico de Milão e das universidades de Bristol e de Pádua que ajudaram a paciente a ter uma vida normal.

Cláudia Castillo, uma mulher colombiana de 30 anos a residir em Espanha, sofria de tuberculose há vários anos e dependia de internamentos hospitalares regulares para desobstruir as suas vias respiratórias, depois de ter sofrido um colapso agudo do pulmão esquerdo, em Março. Inicialmente, os médicos pensaram que a única possibilidade era a remoção de todo o pulmão esquerdo mas o chefe de cirurgia de um hospital de Barcelona propôs que fosse realizado, em vez disso, um transplante de traqueia.


Uma vez encontrado um dador, os médicos retiraram todas as células da traqueia, deixando apenas um tubo de tecido. Entretanto, clínicos da Universidade de Bristol, no Reino Unido, retiraram uma amostra de osso da anca de Cláudia Castillo, usando-a para criar milhões de células epiteliais e de cartilagem de forma a cobrir a traqueia.

A informação, publicada originalmente na revista britânica The Lancet, levou o jornal espanhol El Pais ao encontro de Cláudia Castilho, numa reportagem onde esta revela que agora pode já correr, falar sem se cansar e brincar com os filhos. O que não fazia há cinco meses, desde que a tuberculose havia danificado a traqueia e "colapsado" o pulmão esquerdo.

Até ao momento, só foram realizados cinco transplantes de traqueia, podendo este procedimento constituir uma nova forma de tratamento, caso se confirme ser eficaz. O transplante foi então realizado em Junho, não havendo, assim, risco de rejeição por parte do organismo.

De acordo com Martin Birchall, professor da Universidade de Bristol, esta técnica poderá até ser adaptada ao transplante de outros órgãos, como o intestino, a bexiga ou o aparelho reprodutivo.

A equipa do Clínic de Barcelona, dirigida por Paolo Macchiarini, afirmou ao jornal espanhol que tem já dois outros pacientes em lista de espera.

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