sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Positive !

Encontrei esta imagem... não é bem a nossa área mas acho estudamos isto x'D
Espero que gostem.

'Homo erectus' caminhava como o ser humano de hoje

O conjunto de pegadas que foi encontrado em Ileret, no Norte do Quénia, datado de há 1,5 milhões de anos, é o vestígio mais antigo conhecido que evidencia uma locomoção idêntica à do ser humano actual. O estudo é publicado hoje na 'Science'.


O bipedismo é uma das marcas dos seres humanos e os registos fósseis mostram que os primeiros hominídeos já possuíam essa característica há cerca de seis milhões de anos. No entanto, o momento em que surgiu a forma de caminhar "moderna" tem sido objecto de debate entre os cientistas. A identificação de um conjunto de pegadas de hominídeos, com 1,5 milhões de anos, no Quénia, veio agora mostrar que, nessa época recuada, eles já caminhavam como o homem moderno.

A descoberta desses trilhos africanos e a análise das pegadas permitiu à equipa coordenada pelo investigador Matthew Bennett, da universidade inglesa de Bournemouth, concluir que há 1,5 milhões de anos os hominídeos já se locomoviam como o Homo sapiens. Os dados são publicados hoje na revista Science.

Estas são as primeiras pegadas de hominídeo a ser descobertas desde que, há 30 anos, um outro grupo de paleontólogos identificou outras com 3,75 milhões de anos, em Laetoli, na Tanzânia.

O estudo das marcas de Laetoli mostrou na altura que aqueles hominídeos mais antigos já eram bípedes. No entanto, a forma como se deslocavam tinha algumas semelhanças com a dos macacos.

Para estudar as pegadas de Ileret, os cientistas digitalizaram-nas e foi a partir da análise dessas imagens que deduziram matematicamente o tipo de movimentos que as geraram.

A importância de marcas deste tipo, explicam os investigadores, reside no facto de elas permitirem aceder a informação sobre a forma e a estrutura dos tecidos que compõem, por exemplo, o calcanhar ou a planta do pé, e que normalmente não se consegue perceber só com os fósseis.

A partir do estudo realizado, a equipa de Matthew Bennett atribui as pegadas ao Homo ergaster, ou erectus, como é mais comummente conhecido.

Este foi justamente o primeiro hominídeo que teve proporções idênticas ao moderno Homo sapiens, com pernas mais compridas e braços mais curtos.

Restos fossilizados deste hominídeo foram encontrados em diferentes locais na Tanzânia, na Etiópia, no Quénia e na África do Sul e a sua datação coincide com a dos trilhos de pegadas descobertos em Ileret. De acordo com os investigadores, estes trilhos têm marcas de vários indivíduos em diferentes camadas de terreno sedimentar.

Informação retirada: site

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Aceleração do desaparecimento do manto de gelo na Gronelândia e Antártida

O gelo nos pólos norte e sul está a derreter mais depressa do que previsto, levando à subida do nível da água do mar e à aceleração do aquecimento climático, advertiram cientistas hoje (dia 25 de fevereiro) em Genebra.


A apresentação dos resultados do estudo para o «Ano Polar Internacional», realizado em 2007 e 2008 por milhares de cientistas, revelou que o aquecimento na Antártida "é muito maior do que previsto", enquanto os gelos árticos estão a diminuir, ao mesmo tempo na Gronelândia o gelo está a derreter mais rapidamente.

Estas são apenas algumas das descobertas mencionadas no documento sobre a investigação – “O Estado da Investigação Polar” –, lançado hoje pela Organização Meteorológica Mundial (OMM) e pelo conselho Internacional pela Ciência (ICSU). Além de permitir uma análise da mudança climática, permite compreender o transporte de poluentes, a evolução das espécies, a formação de tempestades, entre muitas outras áreas.

Na área da biodiversidade, pesquisas no Oceano Antárctico revelaram uma variedade de vida extremamente rica, colorida e complexa. Algumas espécies aparentam estarem a migrar em direcção aos pólos em resposta ao aquecimento global. Outros estudos do API revelaram tendências de evolução, como é o caso de muitos dos polvos de profundidade que tiveram origem em espécies ancestrais comuns que ainda sobrevivem no Oceano Antárctico.

Gelo e águas quentes
As regiões geladas, e muitas vezes inacessíveis, dos pólos são consideradas há muito tempo como um dos indicadores mais fiáveis das mudanças climáticas e influenciam as condições gerais dos oceanos e da atmosfera.

As águas em redor da Antártida aqueceram mais rapidamente que a média mundial, de acordo com as primeiras conclusões do estudo apresentado pela Organização Meteorológica Mundial (OMM) e o Conselho Internacional para a Ciência (CIS).

Medidas realizadas mostraram também a aceleração do desaparecimento do manto de gelo no continente antárctico e na Gronelândia.


A mensagem do Ano Polar Internacional é forte e clara: o que acontece nas regiões polares tem consequência para o resto do mundo e diz respeito a todos”, sublinharam a OMM e o CIS.

retirado do site

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Vida extraterrestre na Terra


Pode haver vida alienígena na Terra, segundo um cientista da Universidade do Arizona, nos Estados Unidos da América (EUA).

Numa apresentação durante a conferência anual da Associação Americana para o Avanço da Ciência (AAAS, na sigla anglo-saxónica), em Chicago, o físico Paul Davies disse ainda que essas "vidas paralelas" podem estar escondidas em locais inóspitos, como desertos, lagos de sal, fontes hidrotermais e áreas com altas temperaturas e radiação solar.
Davies afirmou ainda que várias desses "seres estranhos" podem viver entre nós, em formas que ainda não são conhecidas.
Ele fez um apelo para que a comunidade científica lance uma "missão à Terra" para procurar ambientes tidos como hostis em busca de sinais de bioactividade.
"Não precisamos viajar para outros planetas para encontrar formas de vida estranhas. Elas podem estar aqui debaixo de nossos narizes", disse, citado pela BBC, acrescentando que “é perfeitamente razoável a ideia de uma biosfera paralela aqui na Terra".
Não obstante, "nunca se importaram em procurá-la. Eu pergunto: 'Porquê?'. Não é caro e será um custo bem inferior àquele que advém da procura de extraterrestres".
Davies foi um dos palestrantes de um simpósio que explorou a possibilidade de que a vida se desenvolveu na Terra mais do que uma vez.
Segundo os cientistas, os descendentes desta "segunda vaga" podem ter sobrevivido até hoje numa "biosfera paralela" que está para além da percepção humana porque os seus habitantes têm uma bioquímica muito diferente da nossa.
"Todos os nossos microscópios estão desenvolvidos para estudar a vida que nós conhecemos, daí não ser surpresa que não tenhamos encontrados micróbios com uma bioquímica diferente", afirmou Davies.
"Ainda não sabemos muito bem a aparência dessas formas de vida estranhas. É algo tão amplo como a própria imaginação, e é por isso que é tão difícil procurar por elas", disse.

Biologia e Biólogos em Portugal - 19 de Fevereiro 17h30

sábado, 14 de fevereiro de 2009

Dois satélites de comunicação colidiram pela primeira vez em órbita


Dois satélites de comunicação colidiram pela primeira vez em orbita, lançando grandes nuvens de detritos para o espaço, anunciou ontem a NASA. As Tropas Espaciais do Ministério da Defesa da Rússia confirmaram e reafirmaram que os destroços não constituem uma ameaça directa para a Estação Espacial Internacional.


Este foi o primeiro embate de dois aparelhos intactos no espaço. Segundo o porta-voz da NASA, Kelly Humphries, a verdadeira dimensão do acidente, que ocorreu terça-feira a 805 quilómetros da Sibéria, só será conhecida na próxima semana.



“Os meios de controlo das Tropas Espaciais seguem os destroços dos satélites russo e norte-americano, formados após o choque entre eles a uma altura de 800 quilómetros”, declarou aos jornalistas Alexandre Iakuchin, vice-comandante das Tropas Espaciais russas.


Iakuchin acrescentou que “presentemente, os meios de controlo do Espaço acompanham todos os destroços numa altura entre 500 e 1.300 quilómetros”.


“Às 19h56 de 10 de Fevereiro, a uma altura de 800 quilómetros, chocaram o satélite norte-americano Iridium-32 e o satélite militar russo Cosmos-2251. Este último foi lançado em 1993 do cosmódromo de Plesetsk. Deixou de funcionar a partir de 1995. O satélite norte-americano estava em funcionamento”, precisou o general.


Sem perigo


Peritos citados pelas agências russas consideram que os destroços dos satélites não constituem “perigo directo” para a Estação Espacial Internacional.


Os especialistas da NASA sublinharam que a possibilidade de os destroços chocarem com a estação espacial internacional é baixa, uma vez que a colisão entre os dois satélites ocorreu 435 quilómetros acima da órbita da estação.


"Sabíamos que isto poderia acontecer eventualmente", disse Mark Matney, um cientista do Centro Espacial Johnson, na cidade norte-americana de Huston, considerando que "este tipo de colisões começará a ter mais e mais importância nas próximas décadas".


O incidente envolveu um satélite comercial Iridium, que foi lançado em 1997, e um satélite russo lançado em 1993, que não estaria operacional, ambos com 40 quilos.


Os especialistas explicaram ainda que já existiram outros casos de colisão no espaço mas apenas de pequenas partes de satélites.

Fonte: site

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

"Os simples não se criticam, lêem-se e admiram-se. Quem não tem sensibilidade para sentir aqueles versos, escusa de perder tempo a arquitectar argumentos para o discutir.

Junqueiro trouxe para este precioso volume, breviário das almas de eleição, o espírito de Darwin, o grande génio da transformação das espécies, o vigoroso cabouqueiro do progresso que deu novo rumo à Biologia Moderna."



Egaz Moniz
(Guerra Junqueiro, 1949, p.33)

A evolução de Darwin - Uma exposição comemorativa





Uma dupla efeméride faz de 2009 um ano de celebração mundial de Charles Darwin: por um lado comemoram-se os 200 anos do seu nascimento e por outro, os 150 anos da publicação da sua obra fundamental, a Origem das Espécies.


A Fundação Calouste Gulbenkian vai associar-se às várias homenagens que se realizam um pouco por todo o mundo através da exposição “A Evolução de Darwin” que vai abrir ao público nos mil metros quadrados da Galeria Principal da sua sede, a partir de 13 de Fevereiro e até 24 de Maio deste ano. Trata-se da maior exposição mundial alguma vez dedicada ao fundador do evolucionismo e ao seu legado. A inauguração terá lugar no próprio dia do nascimento de Charles Darwin, dia 12 de Fevereiro.


“A Evolução de Darwin” é comissariada pelo biólogo José Feijó e integra elementos conceptuais inteiramente novos, desde o contexto histórico que Darwin herdou, até ao legado da evolução para a Biologia moderna. Recria com rigor histórico a fascinante vida de Charles Darwin, e os vários acontecimentos que marcaram a sua vida e que se reflectiram na sua formação e na sua obra, e integra elementos realizados pelo Museu Americano de História Natural de Nova Iorque.


A exposição integra uma réplica do barco Beagle (realizada pelo Museu de Marinha), no qual, em jovem, realizou a volta ao mundo, e que foi determinante para o germinar das suas ideias. Esta viagem é ilustrada com réplicas dos animais e plantas que foi observando. No jardim, exemplares vivos de plantas e de animais cedidos pelo Jardim Zoológico (iguanas, tartarugas, tatus), recriam a fauna e flora que Darwin encontrou nesta viagem, com as impressões registadas nas páginas dos seus diários.


Perante a inexistência de qualquer imagem de Darwin em jovem, foi encomendada uma reconstituição da sua fisionomia com a idade de cerca de 18 anos a uma das melhores especialistas mundiais em reconstituições antropomórficas. Essa imagem será uma das singularidades da mostra.


Os visitantes podem ver também imagens do seu escritório/laboratório, uma recriação do caminho que diariamente percorria a pé, na pequena localidade onde viveu praticamente toda a sua vida e onde foi consolidando a sua teoria, mais tarde corporizada na obra A Origem das Espécies. O impacto e o escândalo provocados pela publicação do livro estarão também documentados na mostra.


Para além de ilustrar os contextos histórico-científicos de Darwin, a exposição estabelece uma ponte para o século XX com uma alusão às principais figuras que deram corpo à síntese neo-darwinista que hoje vigora como denominador comum da Biologia. A referência à descoberta do DNA vai ser ilustrada por uma enorme escada, desenhada por um arquitecto britânico, da qual se sai por um escorrega de RNA que aterra numa zona onde os visitantes mais jovens serão convidados a escrever uma carta a Darwin, algumas das quais serão expostas semanalmente.


Um vídeo interactivo sobre a Árvore da Vida será apresentado em estreia mundial na abertura da exposição e um filme sobre Charles Darwin estará à disposição dos visitantes.


Paralelamente à exposição haverá um ciclo de oito conferências com algumas das autoridades mundiais no âmbito de Darwin e do evolucionismo.


Foi estabelecido um protocolo com o Ministério da Educação de que resultou uma série de contactos directos com professores de todo o país e um pacote-escola de divulgação e de apoio que inclui uma biografia de Darwin, um livro sobre evolução e um manual de visita à exposição adaptado a todos os tipos de ensino. Em virtude deste protocolo já estão esgotadas todas as visitas guiadas para escolas, até ao fim da exposição.

A Câmara Municipal de Oeiras adquiriu a mostra para o seu concelho, permitindo que seja transformada num futuro Museu. Foi também estabelecido um programa de itinerâncias que inclui o Museu Nacional de Ciências Naturais de Madrid, e outras cidades em Portugal e em Espanha.



A Evolução de Darwin
Galeria de Exposições Temporárias da Sede
13 Fevereiro a 24 Maio
Preço 4€
Horário: terça a domingo, 10h-18h






quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

A ideia de Darwin


" No final do século XVIII os seres vivos estavam classificados de acordo com as suas semelhanças. A representação gráfica das relações entre os seres vivos classificados segundo este sistema assemelha-se a uma árvore genealógica. Muitos animais, como os vertebrados, parecem ser basicamene constituídos pelas mesmas partes, cujo desenvolvimento e proporção variam entre as diferentes espécies de um grupo.
O que significa este sistema de classificação? Existiriam realmente relações entre as espécies? Porque se encontravam de forma recorrente as mesmas estruturas anatómicas? Seria isto uma intenção estética do Criador ou uma propriedade fundamentar da natureza?
Tornava-se claro que as espécies que nos rodeiam vivem, literalmente, sobre inúmeras espécies já extintas, fossilizadas e depositadas em estratos geológicos com milhões de anos. Mas passariam mais cinquenta anos até que Charles Darwin posicionasse correctamente as peças do puzzle da natureza."
Sebenta da exposição "A Evolução de Darwin" da Fundação Calouste Gulbenkian
" Nada faz sentido em Biologia sem ser à luz da evolução" Theodosius Dobzhansky, 1973

Biologia ao Almoço - NUBISA



O NUBISA apresenta mais uma iniciativa de Biologia ao Almoço, que se realizará no dia 19 de Fevereiro. Esta terá lugar no Salão Nobre, com início previsto para as 13.30h.
Nesta sessão Catarina Prista, virá falar-nos sobre "Saccharomyces cerevisiae"

Este Bologia ao Amoço é o primeiro de um conjunto de bioalmoços onde que vão ser apresentados os principais Organismos Modelo.

Esta é uma iniciativa gratuita, basta comparecer com o almoço.


Para mais informações sobre o evento:
NUBISA
Secção da AEISA
Tapada da Ajuda 1349-017
Lisboa - Portugal
Tlm- 916513240 ou 917798135
http://www.nubioisa.blogspot.com/

Conferência sobre Darwin

Relembro que amanhã, dia 13 de Fevereiro, pelas 18 horas, irá realizar-se a palestra "Darwin: Discovering the Tree of Life", por Niles Eldredge, no auditório 2 da Fundação Calouste Gulbenkian.

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009


Se não puderam ir às anteriores, não podem perder esta! Mas é surpresa, se o virem não lhe digam.

12 de Fevereiro a partir das 23h00, no Frágil

No ano em que se comemoram 150 anos de "A origem das espécies", no dia em que começa a exposição "A evolução de Darwin" na Fundação Calouste Gulbenkian celebra-se o 200º aniversário de Charles Darwin. Venha comemorar connosco o aniversário de um dos homens que mudou a nossa visão das Ciências da Vida e de nós enquanto espécie.

Com um trabalho fora de série, o cientista era também um homem. E quem não gosta de festejar os seus anos junto daqueles que lhes querem bem?

Esta é uma festa para todos os que querem celebrar a existência de Darwin. E a sua.



Importante

Tragam as vossas máquinas fotográficas digitais para registar a festa. Depois enviem-nas para cqd.geral@gmail.com, com a legenda e instituição de acolhimento. Haverá prémios para as melhores fotos da noite

Confirmem as vossas presenças


Fragil

DJ Nuno Lopes

Rua da Atalaia, 126

Bairro Alto, Lisboa

Informação retirada de: http://anosdarwin.blogspot.com/

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Exposição: A Evolução de Darwin


O conselho de Administração da Fundação Calouste Gulbenkian tem o prazer de apresentar a exposição "A Evolução de Darwin". A inauguração terá lugar no dia 12 de Fevereiro de 2009 pelas 19.00h na galeria de exposições temporárias da Fundação Calouste Gulbenkian (piso 0).

A exposição permanecerá entre 13 a 24 de Maio de 2009

Av. de Berna, 45-A Lisboa
Terça-feira a domingo das 10.00h às 18.00h

domingo, 8 de fevereiro de 2009

Fóssil pode ajudar a perceber alterações climáticas

"Baptizada de "Titanoboa Cerrejonensis" devido ao seu tamanho e à localização da mina de carvão de Carrejón onde foi encontrada há cerca de dois anos, a gigantesca serpente tinha mais de 13 metros de comprimento e pesava 1,25 toneladas, de acordo com os paleontólogos que analisaram as suas vértebras e cujas conclusões do estudo estão publicadas na última edição da revista "Nature".


"É a maior serpente que o Mundo conheceu", declarou à "Nature" Jason Head, da Universidade de Toronto Mississauga, principal autor do estudo e membro da equipa internacional que analisou o fóssil.


Jason Head comparou o tamanho do réptil com um autocarro e disse que o seu corpo era tão largo que não caberia na porta de uma casa.


"Esta descoberta dá-nos uma visão única e importante do passado", declarou Jonathan Bloch, da Universidade da Florida, cientista que dirigiu a expedição à Colômbia, juntamente com Carlos Jaramillo, do Instituto Smithsonian de investigação tropical no Panamá.


Serpente do período do Paleoceno


Segundo Jonathan Bloch, o fóssil data da época do Paleoceno, período de 10 milhões de anos que se seguiu à extinção dos dinossauros, há 65 milhões de anos.


Na opinião dos cientistas, o tamanho do réptil é revelador porque a dimensão das serpentes e de outros animais de sangue frio depende da temperatura do seu habitat.


Com base no seu tamanho, Head e Bloch calculam que a "Titanoboa" tinha necessidade de uma temperatura média anual entre os 30 e os 34 graus centígrados para sobreviver, seis graus mais do que a média actual na cidade costeira colombiana de Cartagena (28 graus).


Carlos Jaramillo explicou que os cientistas sabem pelos fósseis de plantas encontrados em Carrejón que a zona, que hoje é árida, foi um bosque tropical no período do Paleoceno.


"No Paleoceno, os níveis de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera eram o dobro dos existentes actualmente e a selva tropical sobrevivia a 32 graus, cinco mais do que os que se registam actualmente naqueles bosques", afirmou o botânico, que destacou as implicações desta descoberta para compreender o efeito climático sobre as plantas tropicais.


Nunca tinham sido encontrados na zona equatorial da América do Sul fósseis de um vertebrado com entre 55 e 65 milhões de anos de antiguidade devido à densidade da selva e à maior deterioração dos cadáveres devido ao calor, explicou David Polly, da Universidade de Indiana, EUA, outros dos autores do estudo.


"Por um lado, esta nova espécie permite-nos compreender melhor a história das serpentes e, por outro lado, dá-nos uma indicação do clima nos trópicos no período em que estavam a começar a evoluir grupos modernos de organismos", declarou.


Na região de Carrejón foram também encontrados muitos esqueletos de tartarugas gigantes e dos extintos antepassados dos crocodilos, que na opinião dos cientistas foram aparentemente devorados pela gigantesca serpente.


As maiores serpentes da actualidade são as anacondas, que medem entre cinco e sete metros, e as pitons, com um comprimento entre um e seis metros.


Carlos Jaramillo sublinhou que se prosseguirem as alterações climáticas será possível ver no futuro serpentes como a "Titanoboa", ainda que para isso tenham de passar milhões de anos, já que as espécies evoluem lentamente.


O que mais alarma os cientistas, segundo Polly, é a rapidez com que se estão a produzir as alterações climáticas, já que podem impedir a que as espécies e os ecossistemas se adaptem."

sábado, 7 de fevereiro de 2009

Curso: Medicina de Aves Selvagens, 2ª Edição

Coimbra - Escola Universitária Vasco da Gama

6 a 8 de Março de 2009

Programa:

Sexta, 6 de Março
17:00 - Abertura do Secretariado
18:00 - Abertura do Curso e Apresentações
18:30 - Identificação e Taxonomia
20:00 - Final dos trabalhos

Sábado, 7 de Março
9:30 - Aspectos Anatómicos e Fisiológicos
Sistema Músculo-esquelético
Anatomia e Fisiologia Respiratória
Anatomia e Fisiologia Digestiva
Integumento

11:00 - Pausa
11:30 - Principais Patologias/Doenças
Diagnóstico e Tratamento
Relevância das Doenças na Conservação de Espécies Ameaçadas
Zoonoses
13:00 - Pausa para almoço
15:00 - A Necrópsia - vídeo
16:00 - Hematologia e Bioquímica Sanguínea
Técnicas e Parâmetros mais relevantes em Hematologia Clínica
Interpretação da Bioquímica Sanguínea

17:30 - Pausa
17:45 – Introdução à Oftalmologia
Aspectos Anatómicos e Fisiológicos
O Exame Oftalmológico
Principais Alterações e Patologias

18:15 – Maneio e Tratamento de Aves Petroleadas
Preparação de situações de crise/emergência
Procedimentos técnicos mais relevantes
Erros mais frequentes
19:15 - Internet e Bibliografia sobre Medicina de Aves
19:30 - Discussão
20:00 - Fim dos trabalhos

Domingo, 8 de Março
9:30 – Anestesia
Anestesia Fixa
Anestesia Volátil
Monitorização Anestésica
Analgesia

10:15 - Radiologia e Endoscopia
Indicações, Projecções e interpretação de Radiografias
Indicações, técnica e potencialidades da Endoscopia

11:00 - Pausa
11:30 - Toxicologia
Tipos de Intoxicações/Envenenamentos
Diagnóstico e Tratamento
Efeitos dos Tóxicos em Populações de Aves Selvagens

13:00 - Pausa para almoço
15:00 - Cirurgia Ortopédica
Princípios ortopédicos
Fracturas e luxações dos membros anteriores
Fracturas e luxações dos membros posteriores

16:00 - Pausa
16:30 – Reabilitação - Protocolos e Casos Clínicos
Relevância Clínica de aspectos relacionados com o cativeiro de espécies selvagens
A importância do treino e preparação para a libertação
Monitorização da Condição Física durante os processos de Reabilitação
Casos frequentes em centros de recuperação de aves selvagens
18:00 - Discussão
18:30 – Encerramento

INSCRIÇÕES LIMITADAS - INSCREVA-SE JÁ!

Preço*:
Até 27 de Fevereiro:
Aluno Ass. Estud. Esc. Univ. Vasco da Gama: 40€
Sócios da ALDEIA: 50€
Não sócios: 70€

Após 27 de Fevereiro:
Aluno Ass. Estud. Esc. Univ. Vasco da Gama: 50€
Sócios da ALDEIA: 60€
Não sócios: 80€

* Inclui:- Participação no curso e respectivo certificado- CD com a documentação

Contactos:
ALDEIA
Correio electrónico: aldeia.eventos@gmail.com
Tel: 917895708 / 962714492

Para inscrição e mais informações, sugerimos o site

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Golfinho recolhido na Nazaré recupera em Quiaios

O golfinho que domingo (dia 26/01/2009) deu à praia, na Nazaré, foi transferido para o Centro de Recuperação de Animais Marinhos de Quiaios, na Figueira da Foz, onde uma equipa de biólogos e veterinários se ocupa da sua recuperação.

“Foi tratado ainda na praia com antibióticos, soro e vitaminas e recolhido sangue para análises com vista a identificar de que padece”, disse à Agência Lusa o veterinário Salvador Mascarenhas, membro da equipa de socorro.

Segundo este técnico familiarizado com a assistência a cetáceos que com frequência aparecem em situação de fragilidade nas praias portuguesas, o golfinho da Nazaré tem 55 quilos de peso, está muito magro e provavelmente é um macho adulto, da espécie “desfinus delfis”.

“É fácil distinguir o sexo, porque os golfinhos fêmeas têm duas fendas mamárias ladeando a fenda genital. No caso deste, teve que ser por apalpação para não o virarmos de barriga para cima, o que no seu estado poderia enervá-lo e fazer piorar o seu estado de saúde”, explicou o médico veterinário.

O animal vai ficar sob observação e convalescença no Centro de Recuperação de Animais Marinhos de Quiaios, que pertence à Sociedade Portuguesa de Vida Selvagem (SPVS), uma instituição privada sem apoios do Estado e que vive de prestação de serviços a empresas privadas para custear os seus projectos de ajuda a animais em estado de carência.

“Por vezes, alguns animais são eutanasiados por não haver fundos disponíveis para promover a sua recuperação”, disse à Lusa este médico veterinário que trabalha em regime de voluntariado e sem ser remunerado na assistência a animais necessitados de ajuda.

“Em relação a este golfinho há alguma esperança e além disso ele vai juntar-se a um outro da mesma espécie que desde Setembro de 2007 se encontra em tratamento e observação no Centro de Recuperação de Animais Marinhos da Figueira da Foz, estando já curado, a comer bem e em fase de treino para se alimentar com peixe vivo, condição necessária para ser devolvido ao seu ambiente natural, o mar”, disse à Lusa Salvador Mascarenhas.

No entanto, o golfinho que domingo deu à costa na Nazaré está ainda “em estado muito crítico e com prognóstico reservado”, segundo o veterinário.

Cerca de 99 por cento dos golfinhos que encalham na praia (o chamado “síndroma de arrojamento”) não sobrevivem, em qualquer parte do mundo. Em Portugal, em 2008 foram mais de uma centena as ocorrências e apenas dois se salvaram, o que mesmo assim constitui um recorde ibérico porque em Espanha apenas um sobreviveu, disse à Lusa o veterinário Salvador Mascarenhas.

“Em Portugal recuperámos a única Baleia Piloto (uma espécie rara de golfinho) a nível da Europa, mas mesmo os exemplares que não sobrevivem poderiam servir para estudo e investigação, o problema é a falta de apoios”, lamentou o veterinário Salvador Mascarenhas, que por carolice colabora no salvamento de animais marinhos.
26-01-2009

Fonte: site

Voluntariado em trabalho de campo, ecologia costeira e ambiente intertidal rochoso - Portugal

Sou estudante de doutoramento no CIEMAR (Laboratório de Ciências do Mar, Pólo de Sines da Universidade de Évora), que se situa em Sines. Durante este ano de 2009 estou a precisar de assistência no trabalho de campo associado a um estudo de estrutura populacional de lapas em diferentes microhabitats, a decorrer de 2 em 2 meses na costa alentejana do Parque Natural do Sudeste Alentejano e Costa Vicentina.

Aqui vão as datas dos ditos períodos bimensais: a) 18 a 26 de Março; b) 16 a 23 de Maio; c) 17 a 24 de Julho; d) 13 a 21 de Setembro; e) 10 a 18 de Novembro. Procuro pessoas interessadas em colaborar durante um ou mais dos períodos mencionados. Uma vez que o primeiro período é já este mês, agradecia que os interessados disponíveis nessas data (18 a 26 de Março) me contactem brevemente, assim que possível.

Adianto também que durante o mês de Agosto, irão decorrer outros estudo associados ao meu projecto de doutoramento, no qual será também necessária ajuda no trabalho de campo.

Infelizmente, não existem de momento verbas para remuneração financeira das pessoas interessadas, mas há possibilidade de reembolso das despesas de transporte. No entanto, o contributo prestado para este projecto será recompensado pela aprendizagem e experiência adquiridas e, caso seja aplicável, pela eventual co-autoria nas publicação futura associada ao
trabalho desenvolvido. O CIEMAR tem alojamento disponível para os alunos e voluntários (camaratas e cozinha), o que exclui qualquer problema relativo à estadia das pessoas não residentes na área que venham a colaborar neste projecto. Para informações gerais acerca do CIEMAR por favor visitem a página http://www.ciemar.uevora.pt/.

Quem estiver interessado, poderá contactar-me por email ( miseabra@sapo.ptEste endereço de e-mail está protegido contra spam bots, pelo que o JavaScript terá de estar activado para que possa visualizar o endereço de e-mail ou iseabra@uevora.ptEste endereço de e-mail está protegido contra spam bots, pelo que o JavaScript terá de estar activado para que possa visualizar o endereço de e-mail ) ou por telefone para o 963833530. Mais uma vez, agradeço que passem a mensagem a quem poderá estar interessado.

Estágio de verão - Mamíferos marinhos - USA

The University of Southern Mississippi Psychology Department is offering a Marine Mammal Behavior and Cognition internship to college juniors, seniors and recent graduates for the summer of 2009. College credits for the internship are awarded by the University of Southern Mississippi.

Interns will work with faculty and graduate student researchers and will have an opportunity to help in the analysis of data from USM's Mississippi Wild Dolphin Project, a boat-based research project surveying the Mississippi Gulf Coast bottlenose dolphin population. Interns may assist in the analysis of environmental, behavioral, and acoustic data, as well as photo-ID.

In the research laboratory, interns will gain experience in different areas, such as behavioral analysis using video and ethogram data and acoustic analyses of a variety of cetacean species, including killer whales, sperm whales, beaked whales, and bottlenose and rough-tooth dolphins. Interns may also have the opportunity to assist graduate students in the collection of behavioral data of captive rough-tooth dolphins and bottlenose dolphins. Interns are also encouraged to complete a small personal research project on a topic relevant to their research interests.

The internship is a full time voluntary position, and students are responsible for their own transportation and housing arrangements.

Students interested in the Marine Mammal Behavior and Cognition internship are required to send:

  • a resume;
  • a letter of intent including career goals and reasons for wanting the internship (what you expect to contribute and gain from the internship);
  • an unofficial or official copy of your transcripts;
  • at least two letters of recommendation (preferably from college professors who know you personally).

All materials should be sent to:
Internship Coordinator
Department of Psychology
The University of Southern Mississippi
118 College Drive, # 5025
Hattiesburg, MS 39406-5025

Materials may arrive separately or together, but the complete application must be postmarked by April 1st.

We encourage interested applicants to become familiar with the research conducted by the Marine Mammal Behavior and Cognition Lab. For more information, please visit our website at www.usm.edu/psy-kuczaj or you can email the internship coordinator at kuczaj_laboratory@yahoo.comEste endereço de e-mail está protegido contra spam bots, pelo que o JavaScript terá de estar activado para que possa visualizar o endereço de e-mail .

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Descobertas 10 novas espécies de anfíbios na Colômbia

Um grupo de cientistas ao serviço da organização norte-americana Conservation International descobriu, na Colômbia, 10 novas espécies de anfíbios. A investigação teve lugar na região montanhosa de Darien, na fronteira com o Panamá, e a descoberta foi noticiada na segunda-feira, 2 de Fevereiro.

As descobertas incluem nove espécies de rãs e uma de salamandra. A região de Darien é conhecida pela sua riqueza em espécies endémicas, e a
Colômbia é um dos países do mundo com maior variedade de anfíbios - mais de 754 espécies identificadas.

Os anfíbios são considerados pelos cientistas importantes indicadores da saúde de um ecossistema e até da existência de condições para a vida humana, já que a sua pele permeável os expõe directamente aos elementos externos e à eventual degradação do meio ambiente. Quase um terço da população total de anfíbios no planeta corre risco de extinção.

As imagens podem ser vistas aqui.

Mais uma etapa de reflorestação no Parque Natural da Serra de S. Mamede




No Parque Natural da Serra de São Mamede (PNSSM), nos dias 31 de Janeiro, no concelho de Marvão, e a 1 de Fevereiro de 2009, em Castelo de Vide, pelo segundo ano consecutivo, reuniram-se 90 pessoas, entre portugueses e espanhóis (estes em maioria), para procederem à plantação de cerca de 3.750 árvores, apostando-se na diversidade de espécies autóctones, entre castanheiros, carvalhos - incluindo sobreiros ,azinheiras e freixos.
Entre vários objectivos, esta acção de reflorestação contribuiu, não só para a conservação da natureza e biodiversidade mas também para a cooperação transfronteiriça e partilha de experiências.


Espera-se que, em futuras actividades, os cidadãos portugueses adiram em maior número, reflorestando, assim, as zonas afectadas por incêndios.

domingo, 1 de fevereiro de 2009

Português identifica mecanismo de formação dos miomas que permite tratamento sem cirurgia

"Um investigador português identificou um mecanismo molecular de formação de tumores benignos do músculo liso do útero, conhecidos por miomas, definindo assim um novo alvo para tratamentos que evitariam cirurgias e complexas consequências pós-operatórias. Este avanço científico consta de um estudo de uma equipa internacional de que é primeiro autor Nuno Raimundo, estudante de doutoramento na Universidade de Helsínquia (Finlândia), e que acaba de ser divulgado na edição online da Oncogene, a revista do grupo Nature especializada em cancro.


"Estes tumores são geralmente benignos, mas causam problemas terríveis às mulheres, como perdas de sangue, dores e infertilidade, e na maior parte dos casos levam a que as pacientes sejam submetidas a histerectomias (remoção do útero)", disse o investigador à Lusa que, neste momento, trabalha já como cientista na Universidade de Yale, Estados Unidos. O estudo foi realizado em Helsínquia num laboratório que trabalha com doenças mitocondriais, ou seja, causadas por defeitos nos mitocôndrios e que resultam em deficiente produção de energia metabólica. No caso específico dos miomas existe um defeito numa proteína mitocondrial (a fumarase, ou FH), que impede as células de respirar com a eficiência necessária.


Gene supressor



Nos casos mais graves (em que as duas cópias do gene FH, uma herdada da mãe e outra do pai, estão ambas mutadas) as doentes morrem muito novos (1-2 anos de idade), sendo que nos casos em que só uma cópia está mutada há uma elevadíssima predisposição para o desenvolvimento de tumores, em particular do músculo liso no útero e na pele, mas também de cancro do rim, ovário e testículo, entre outros menos comuns.


"Por esta razão", explicou, "o FH funciona como um gene supressor de tumor, já que o suprime quando há uma cópia do gene normal e lhe dá origem quando a cópia normal se perde". O trabalho de Nuno Raimundo consistiu em identificar mecanismos de ligação entre os defeitos no FH e a formação de tumores, tendo para isso utilizado células com esses defeitos e recorrido a tecnologia de microchips para medir os níveis de expressão de todos os genes dentro das células.



"O que encontrei foi uma rede de genes associada à proteína SRF (Factor de Resposta ao Soro) que estava sempre reprimida nas células em que o FH não funcionava e constatei não só que isso se passava em miomas, em comparação com o útero normal, mas sobretudo que essa rede é fundamental para a formação do músculo liso maduro", afirmou.


Alvo para abordagens terapêuticas



O que resulta do estudo, sublinhou, "é que quando o FH não funciona, as células que dão origem ao músculo liso, em vez de se diferenciarem em células do músculo e pararem de se dividir, continuam a proliferar, levando à formação de miomas". Na sua perspectiva, a identificação da rede de genes associados ao SRF identifica um alvo claro para possíveis novas abordagens terapêuticas. "Como menos SRF está associado à formação de tumores, manipulando as vias de sinalização dentro da célula que podem aumentá-lo poderá resultar na prevenção da formação de miomas e, possivelmente, na remissão dos miomas já formados", concluiu. Nuno Raimundo, 32 anos, licenciou-se em Bioquímica pela Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa em 2000 e foi para a Finlândia em 2003 como estudante de doutoramento no Helsinki Biomedical Graduate School, onde defende a sua tese em Fevereiro. Entretanto, trabalha já como cientista na Universidade de Yale, nos Estados Unidos. "



Texto retirado de: http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=29306&op=all