quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Aceleração do desaparecimento do manto de gelo na Gronelândia e Antártida

O gelo nos pólos norte e sul está a derreter mais depressa do que previsto, levando à subida do nível da água do mar e à aceleração do aquecimento climático, advertiram cientistas hoje (dia 25 de fevereiro) em Genebra.


A apresentação dos resultados do estudo para o «Ano Polar Internacional», realizado em 2007 e 2008 por milhares de cientistas, revelou que o aquecimento na Antártida "é muito maior do que previsto", enquanto os gelos árticos estão a diminuir, ao mesmo tempo na Gronelândia o gelo está a derreter mais rapidamente.

Estas são apenas algumas das descobertas mencionadas no documento sobre a investigação – “O Estado da Investigação Polar” –, lançado hoje pela Organização Meteorológica Mundial (OMM) e pelo conselho Internacional pela Ciência (ICSU). Além de permitir uma análise da mudança climática, permite compreender o transporte de poluentes, a evolução das espécies, a formação de tempestades, entre muitas outras áreas.

Na área da biodiversidade, pesquisas no Oceano Antárctico revelaram uma variedade de vida extremamente rica, colorida e complexa. Algumas espécies aparentam estarem a migrar em direcção aos pólos em resposta ao aquecimento global. Outros estudos do API revelaram tendências de evolução, como é o caso de muitos dos polvos de profundidade que tiveram origem em espécies ancestrais comuns que ainda sobrevivem no Oceano Antárctico.

Gelo e águas quentes
As regiões geladas, e muitas vezes inacessíveis, dos pólos são consideradas há muito tempo como um dos indicadores mais fiáveis das mudanças climáticas e influenciam as condições gerais dos oceanos e da atmosfera.

As águas em redor da Antártida aqueceram mais rapidamente que a média mundial, de acordo com as primeiras conclusões do estudo apresentado pela Organização Meteorológica Mundial (OMM) e o Conselho Internacional para a Ciência (CIS).

Medidas realizadas mostraram também a aceleração do desaparecimento do manto de gelo no continente antárctico e na Gronelândia.


A mensagem do Ano Polar Internacional é forte e clara: o que acontece nas regiões polares tem consequência para o resto do mundo e diz respeito a todos”, sublinharam a OMM e o CIS.

retirado do site

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