sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

Região de Lisboa terá centro de resgate e acolhimento para animais selvagens e exóticos abandonados


Chinchilas, póneis e aves são alguns dos animais abandonados que em breve poderão ser acolhidos num centro de resgate e recuperação num terreno na grande Lisboa, que tentará recriar o habitat natural das espécies.

Preocupada com a falta de espaços de acolhimento de espécies selvagens, domésticas e exóticas, a associação Animal decidiu seguir o exemplo do que se faz noutros países e lançar um projecto de construção de um "santuário".


Ao contrário dos albergues nacionais, o "santuário" vai tentar recriar o habitat natural dos animais, que passam a viver em semi-liberdade, sem jaulas nem vedações, longe da agitação das cidades, explicou o presidente da associação, Miguel Moutinho.


Segundo aquele responsável, "já existe um terreno de quatro hectares na área metropolitana de Lisboa que deverá ser utilizado para esse fim, faltando apenas apoios financeiros que poder avançar".


Miguel Moutinho diz tratar-se de um projecto "muito dispendioso" já que, além do espaço, é preciso contratar uma equipa técnica de veterinários, biólogos e etólogos que garanta que todos os habitantes serão adequadamente tratados e recuperados.


Estes espaços recebem e protegem animais resgatados de situações de abandono, violência, maus-tratos ou negligência. Miguel Moutinho diz que recentemente começaram a surgir novas espécies vítimas de abandono, como é o caso das chinchilas e dos hamsters, "que são abandonados nas estradas, jardins, ruas e até clínicas veterinárias".


"Não há um único abrigo que aceite coelhos, chinchilas ou hamsters. Eles têm necessidades mais especiais que os restantes animais domésticos (cães e gatos) e que são desconhecidas do grande público", afirmou.


Outras das espécies que preocupam a associação são os "muitos póneis encontrados em situações miseráveis" e os animais utilizados nos circos.


"Por falta de espaço para os receber, as entidades responsáveis pela fiscalização e apreensão de animais selvagens acabam quase sempre por nomear como fiéis depositários os próprios proprietários, que muitas vezes foram os responsáveis pelo sofrimento", criticou Miguel Moutinho, que acredita que o "santuário" poderá ser a solução para alguns casos.


Aos milhares no estrangeiro, os "santuários" recebem também animais resgatados de redes de tráfico de animais e outras actividades cruéis de entretenimento e servem de abrigo aos "resgatados de laboratórios de experimentação" assim como aos "feridos por caçadores, cães e galos resgatados de combates".


Miguel Moutinho espera que este espaço, com data incerta para começar a funcionar, sirva de exemplo, transformando-se no "primeiro de uma rede de santuários portugueses".



Texto retirado deste site

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