A Lagoa Rodrigo de Freitas (Brasil) registra alta mortandade de peixes
Cerca de três toneladas de peixes foram encontrados mortos na manhã de sexta-feira na Lagoa Rodrigo de Freitas, na zona sul do Rio de Janeiro. Entre as espécies mortas estão corvinas, tilápias, bagres, savelhas e baranas – tipo de robalo.
Desde sexta-feira, foram recolhidas 77,7 toneladas de peixe das margens do rio. A secretária de Estado do Ambiente, Marilene Ramos afirma que a reprodução acima do normal de uma alga ainda não identificada pode ser a causa do acidente ambiental. De acordo com Marilene, a medição na água feita no início da semana, havia constatado um alto nível do micro-organismo (400 mil); o índice encontrado no sábado foi de 1,8 milhão.
A secretária disse que um dos motivos para a alta proliferação da alga foi a queda brusca de temperatura, depois de semanas de sol forte. Segundo Moscatelli, ocorreu um efeito bola de neve: os peixes que morreram e ficaram à tona, acabaram por dificultar os demais a obter oxigénio.
De acordo com Moscatelli, esse é o pior acidente com peixes na Lagoa desde 2002. O ambientalista acredita que esteja diretamente ligado ao despejo de esgoto, por causa do rompimento de uma tubulação na Praia do Leblon.
A secretária Marilene Ramos, porém, foi enfática ao negar que a mortandade de peixes da Lagoa tenha a ver com o despejo de esgoto. “A medição indicou que o nível de oxigénio na água está normal. Se houvesse entrada de esgoto, a quantidade de oxigénio teria caído” afirmou.
Amostras da água foram recolhidas e enviadas para serem analisadas no laboratório do Instituto Estadual do Ambiente (Inea).
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