Mar Mediterrâneo tem novos habitantes
Alterações climáticas são uma das causas desta mudança de fauna chamada «tropicalização»
O Mar Mediterrâneo está a receber novos habitantes. Conhecido como «tropicalização», este fenómeno acontece devido ao aumento da temperatura da água. Investigadores do Centro Oceanográfico das Baleares, do Instituto Espanhol de Oceanografia, detectaram já a presença de 38 novas espécies.
O estreito de Gibraltar é a porta de entrada destas espécies «exóticas» procedentes do Atlântico.
O estudo agora publicado, parte de um volume que faz o balanço da situação do Mediterrâneo, de um conjunto intitulado «Fish Invasions of the Mediterranean Sea: Change and Renewal», debruça-se sobre a fauna.
Os investigadores detectaram que durante a segunda metade do século XX entraram espécies tropicais e subtropicais no Mediterrâneo ocidental. A explicação seriam as mudanças das condições climáticas, como sugere Enric Massutí, um dos autores do estudo.
No entanto, não seria essa a única causa. As variações dos habitats, definidos tanto pela temperatura como pela salinidade, entre outras, têm influência neste processo.
Por isso, foram também detectadas mudanças em algumas populações de peixes autóctones. Algumas das espécies termófilas, como a Seriola dumerili (lírio) são mais abundantes agora. Peixes boreais como a Aphia minuta ou o Sprattus sprattus começam a escassear.
Este efeito é ainda mais pronunciado na costa oriental do Mediterâneo. Através do Canal do Suez chegaram mais espécies do Mar Vermelho.
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