Corações de peixes-zebra que se auto-regeneram podem ser exemplo para mamíferos
Os cientistas acreditam que os mamíferos não estão tão distantes desse processo. Os corações humanos são incapazes de se regenerar. Depois de um ataque cardíaco, o músculo saudável é substituído por tecido com cicatrizes que não volta a contrair-se. No entanto, antes da bomba cardíaca se esgotar, as células do coração entram num estado de hibernação para tentarem salvar-se.
Este comportamento sugere que a regeneração nos mamíferos pode não ser uma utopia, acredita Juan Carlos Izpisúa, um dos investigadores. Até agora, todas as tentativas de recuperar corações em humanos depois de um ataque cardíaco centram-se na utilização de células mãe provenientes da gordura, do músculo cardíaco ou da medula óssea.
A maneira pela qual a natureza trata o coração danificado parece ser muito mais simples. A ideia seria tentar imitar o que acontece no peixe-zebra. Evitar o implante de células exteriores e tentar activar a regeneração endógena pela diferenciação dos cardiomiócitos já existentes. Isso poderia ser feito, por exemplo, utilizando compostos químicos.
A equipa de investigação começou já à procura de moléculas para um dia dar “impulso” à natureza e permitir o uso de medicação.
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