Descoberta molécula nas costas dos Açores com propriedades farmacológicas
Gonçalo Calado, do Instituto Português de Malacologia |
A descoberta da molécula,Tambjamina k, foi divulgada em artigo na revista «Bioorganic & Medicinal Chemistry Letters». Os invertebrados marinhos foram capturados a baixa profundidade e estudados num laboratório em Itália.
Gonçalo Calado, professor da Universidade Lusófona e investigador do Instituto Português de Malacologia, explicou, em conversa com o «Ciência Hoje», que “eram já conhecidas moléculas parecidas em animais parecidos, algumas delas tinham actividade citotóxica”.
Esta descoberta é, no entanto, uma das mais importantes do género, pois esta espécie de molusco nunca tinha sido encontrada em quantidade suficiente para se poder estudar. Foi assim, a“primeira vez que foi possível estudar quimicamente a molécula”.
Molusco nudibrânquio da espécie «Tambja ceutae» |
Esta nova molécula revela, assim, o enorme potencial das espécies de invertebrados marinhos das nossas costas, que ainda está por explorar.
Quanto às capacidades farmacológicas da molécula, o investigador afirma que ainda há muitos estudos a fazer. “Nós apenas fizemos a identificação e estudámos as suas propriedades, que revelam capacidades anti-tumorais e anti-microbianas. Mas não seremos nós a fazer a investigação para possíveis utilizações farmacológicas”.
A molécula que é usada como arma química pelo molusco como forma de se defender dos seus predadores, pois não possui concha protectora.
Informação retirada do site
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