Substâncias sintéticas capazes de travar metástases de cancro em ratos
Uma investigação realizada pelo Weill Cornell Medical College, da Universidade Cornell (EUA), e publicada na Nature, demonstrou que moléculas macroketones, que são substâncias sintéticas, actuaram sobre uma proteína envolvida no processo de locomoção de células cancerígenas, numa experiência realizada com ratos.
O grupo de especialistas introduziu células cancerígenas num grupo de ratos. Após uma semana, a uma parte desse grupo foi administrado um tratamento com moléculas macroketone, sendo que este tipo de moléculas conseguiu travar a propagação do cancro em 80 por cento destes animais. Já o grupo de controlo morreu todo devido à criação de metástases.
De acordo com os investigadores, os resultados obtidos são animadores, revelando-se assim a possibilidade de se desenvolverem novos fármacos de combate ao cancro. “Mais de 90 por cento dos doentes oncológicos morrem porque o cancro se espalhou. Por isso precisamos desesperadamente de encontrar uma maneira para travar as metástases”, frisou Huang Xin-Yun, um dos investigadores envolvidos neste estudo.
Moléculas macroketone:
Desde há dez anos que vários investigadores procuram criar análogos ou versões sintéticas da migrastatina, uma substância natural utilizada em muitos antibióticos, mas que não tem muita capacidade para inibir a propagação de metástases. Depois de várias alterações, conseguiram criar uma substância - moléculas macroketone - que, em 2005, revelou ser capaz de travar as metástases em animais, sem no entanto terem percebido a forma de actuação deste agente.
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