Descodificado código genético do parasita que causa elefantíase
Biólogos norte-americanos descodificaram o código genético de um dos parasitas que causa doenças como a elefantíase, abrindo assim uma nova esperança para a vacinação e tratamento de uma doença que afecta 40 milhões de pessoas em todo o mundo, especialmente nas regiões tropicais.
Segundo o artigo publicado esta semana na revista Science, trata-se da descodificação genética do Brugia malayi, um nematode parasita que ataca o sistema linfático, provocando doenças como a elefantíase, mas também a oncocerose, que pode levar à cegueira. Esta espécie pode-se alojar no corpo humano durante largos anos.
Segundo o artigo publicado esta semana na revista Science, trata-se da descodificação genética do Brugia malayi, um nematode parasita que ataca o sistema linfático, provocando doenças como a elefantíase, mas também a oncocerose, que pode levar à cegueira. Esta espécie pode-se alojar no corpo humano durante largos anos.
As doenças provocadas por este género de parasitas foram das primeiras reconhecidas pela ciência como sendo provocadas por picadas de mosquito. Esta descoberta remonta a 1866. Quando um mosquito pica uma pessoa infectada por Brugia malayi, o insecto ingere pequenas larvas do parasita que vai posteriormente depositar na pele de outra pessoa com nova picada. Visto a doença ser conhecida há bastante tempo, o facto é que os medicamentos existentes ainda hoje para o tratamento da elefantíase, por exemplo, têm várias décadas, sendo
altamente tóxicos, aliviando apenas os seus sintomas.
"Ter uma completa impressão digital genética dá-nos uma melhor compreensão de quais são os genes importantes para os diferentes processos da doença, de forma a que possamos atingi-los de uma forma mais eficaz", refere Elodie Ghedin no artigo da Science.
altamente tóxicos, aliviando apenas os seus sintomas.
"Ter uma completa impressão digital genética dá-nos uma melhor compreensão de quais são os genes importantes para os diferentes processos da doença, de forma a que possamos atingi-los de uma forma mais eficaz", refere Elodie Ghedin no artigo da Science.
O principal problema das terapias até agora usadas residem no facto de apenas atacarem as larvas e não o parasita adulto. A longevidade deste último tem intrigado os cientistas ao longo de décadas. É que, após alguns anos alojado no corpo humano, o Brugia malayi, com uma enorme capacidade de reprodução (estima-se que cada fêmea tenha capacidade para gerar mil larvas por dia), engrossa as paredes do sistema linfático, produzindo as deformações dos membros e o endurecimento da pele característicos da elefantíase. Os testículos e o pénis são outros órgãos que podem sofrer com o alojamento do Brugia malayi.
Texo adaptado de: http://dn.sapo.pt/2007/09/22/ciencia/elefantiase_mais_perto_cura.html
Imagens retiradas de: http://www.nematodes.org/fgn/gifs/BmalayiL3.gif & http://pathmicro.med.sc.edu/parasitology/Bmalayi-lc.gif
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