sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Hotel feito de lixo alerta para perigos da contaminação

O Beach Garbage Hotel foi recentemente inaugurado e tem apenas cinco quartos, mas com capacidade para alojar até dez pessoas por dia – eleitas através de um sorteio no facebook.

A construção é da autoria da artista alemão Há Schult e fica na central Plaza de Callao, em pleno centro da capital espanhola e tem como o
bjectivo chamar a atenção para os riscos da contaminação.

Foi concebido especialmente para os hospedar visitantes da Feira Internacional de Turismo (Fitur). A intenção de Schult, de acordo com entrevistas dadas a diferentes meios de comunicação, é chamar a atenção para a enorme quantidade de resíduos gerados pelo turismo de massa na Europa, nomeadamente os que são depositados nos oceanos.

O artista conceptual, já conhecido pelos seus trabalhos em que utiliza despojos, referiu na inauguração, que todo este lixo
“é o espelho daquilo que nós somos”. Pelo menos 30 a 40 por cento dos objectos foram encontrados em praias no Reino Unido, França, Alemanha, Itália e Espanha e os materiais recolhidos vão desde plástico, madeira e tecidos, para juntar a outro tipo de objectos como camas, lâmpadas e tapetes. Em Junho passado, Schult exibiu a sua criação, em Roma, próximo do Vaticano, durante as comemorações do Dia Mundial do Meio Ambiente.

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Cheias da Austrália põem em risco Grande Barreira de Coral

As cheias que têm vindo a devastar o nordeste da Austrália ao longo das últimas semanas estão a começar a afectar a Grande Barreira de Corais, o maior recife de coral do mundo, declarado Património da Humanidade em 1981.

De acordo com a revista “Nature”, algumas áreas no sudeste do recife, que se estende por mais de dois mil quilómetros ao longo da costa de Queensland, já foram afectadas pela água contaminada provinda dos rios deste estado, o mais afectado pelas fortes chuvas.

Os cientistas australianos acreditam que demorará vários anos a avaliar o impacto das cheias, que podem afectar todo o ecossistema do recife. Segundo Katharina Fabricius, do Instituto Australiano de Ciência Marinha, em Townsville (Queensland), serão precisos pelo menos três anos para se perceberem estas consequências e, mesmo que os corais sobrevivam para já, dentro de meses poderão começar a morrer, a não se reproduzir ou a reduzir o seu crescimento.

"Nunca tínhamos visto tanta água a invadir o recife , mesmo com os rios do sudeste de Queensland a transbordar", assegurou Michelle Devlin, investigador da Universidade James Cook, em Townsville, que está a monitorizar a descarga de água poluída para a Grande Barreira de Corais. De acordo com os cálculos da sua equipa, as enchentes de apenas dois rios cobrem 11 por cento da superfície oceânica do maior santuário de vida marinha.

Até mesmo as águas limpas podem pôr em risco os corais mais frágeis. No entanto, são as contaminadas com fertilizantes, pesticidas e outros produtos que representam um risco maior. Os investigadores acreditam que, ao longo das próximas semanas, estas águas vão continuar a espalhar-se pelo oceano, embora a velocidade com que isso vai acontecer dependa do vento.

"Em terra a situação está a melhorar mas o impacto no mar continuará a aumentar".

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quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Parasitas da malária sincronizados com o seu hospedeiro

O plasmodium é responsável por muitas mortes rege o seu desenvolvimento com o ritmo circadiano do seu hospedeiro, para maximizar a sua disseminação e sobrevivência.


Durante anos os cientistas reconheceram o perfeito "timing" das infecções de malária: milhões de plasmodium emergem em massa das células vermelhas, causando febre, arrepios e anemia, que caracterizam tão bem esta doença. Pode-se dizer que o parasita adoptou várias técnicas de sobrevivência.

Estudos prévios indicam que o plasmodium
consegue sentir os níveis de melatonina do seu hospedeiro, que é uma fonte de confiança do relógio biológico. Para determinar como é que os parasitas fazem uso desta informação, Reece e os seus colegas criaram dois grupos de plasmodium e seus hospedeiros (ratos) em que num deles havia uma diferença circadiana entre o hospedeiro e o parasita.



Em ambos os grupos, o parasita emergiu dentro do seu período normal, mas no grupo em que havia uma diferença circadiana, só metade dos plasmodium apareceram, sugerindo que o parasita iria ter menos probabilidade de sobrevivência ao sistema imunitário do hospedeiro.

Esta diferença circadiana também afectou a habilidade do plasmodium se disseminar por outros hospedeiros. Antes de haver um aumento da população de parasitas nos glóbulos vermelhos, alguns parasitas diferenciam-se em gâmetas que se combinam para formar a próxima geração. O plasmodium do hospedeiro com uma diferença circadiana, só produziu metade dos gâmetas. Assim pode-se concluir que esta diferença afecta não só a probabilidade de sobrevivência no hospedeiro, mas também a sua capacidade de transmissão.

"Estes resultados demonstram que o ciclo circadiano tem um papel na evolução do parasita em si," diz Bell-Pedersen. "Esta foi a primeira vez que isto foi demonstrado experimentalmente.

Apesar de ser uma descoberta interessante, não quer dizer que se vão fazer novos tratamentos para a malária, disse Bell Pederson, mas sim que talvez os medicamentos possam ser melhor aplicados tendo em conta o ciclo circadiano.


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A odisseia atlântica da maior tartaruga do mundo

Vinte e cinco tartarugas-de-couro foram seguidas via satélite durante cinco anos pelos biólogos da Universidade de Exeter, do Reino Unido. Resultado: a maior tartaruga do mundo atravessa todo o Atlântico até às costas da América do Sul ou às águas geladas do Sul antes de regressar a África para se reproduzir. São várias as odisseias de mais de 16 mil quilómetros ao longo de 50 anos de vida.

Além de ser a que atinge maiores dimensões - até dois metros de comprimento e 900 quilos de peso -, a tartaruga-de-couro é também aquela que mais longe viaja e que efectua mergulhos mais profundos. Figura entre as tartarugas mais antigas do planeta e viaja constantemente entre as costas de África, onde se reproduz, e a América do Sul, onde se alimenta. Os cientistas descobriram várias rotas escolhidas pelas tartarugas-de-couro: uma linha directa entre os dois continentes, a outra centrada numa zona circular do oceano entre África e o Brasil e outra em que os animais de mantêm ao longo da costa africana chegam a ir além do Cabo da Boa Esperança.

Tika, um dos animais acompanhados pelos cientistas, começou a sua viagem a 2 de Fevereiro de 2009, no Gabão. Durante seis meses, atravessou o Atlântico Sul, cumprindo uma rota de 8000 quilómetros. Nesta altura alimenta-se nas costas brasileiras e em Março do próximo ano deverá iniciar nova odisseia marítima, para regressar às areias do parque nacional Mayumba, no Gabão, para se reproduzir.

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terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Amanhã dá-se o primeiro eclipse do Sol de 2011

O primeiro de quatro eclipses solares que se registam este ano acontece já amanhã, dia 4. Entre as 6h40 e as 11h00 (hora de Lisboa), o sol estará parcialmente tapado. O fenómeno será visível na Europa, em parte do norte de África e no Médio Oriente e na metade ocidental da Ásia.

As previsões do Instituto Português de Meteorologia não são muito animadoras para quem quer ver o acontecimento. As nuvens vão estar presentes em todo o norte e centro. Apenas no sueste alentejano e no Algarve o Sol estará destapado. Seja como for, entre o nascer do Sol e, aproximadamente, as 9h00, Portugal estará na penumbra. Quem quiser, tem a oportunidade de acompanhar o eclipse através da Internet. A Universidade de Barcelona, através do Departamento de Astronomia e Meteorologia, disponibiliza um site com emissão em directo a partir das nossas 7h25. Para ver aqui.

Segundo os astrónomos, a magnitude máxima do eclipse será de 0,8576, o que significa que quase 86 por cento do diâmetro do Sol ficará coberto pela Lua. Na Europa, os melhores sítios para observar o fenómeno são a Suécia e a Finlândia. Por cá, no pico do eclipse só ocultará entre 40 e os 60 por cento do Sol.

Tal como este, os restantes eclipses do Sol de 2011 não serão totais. O próximo, a 1 de Junho, será só visto na Ásia, América do Norte e Islândia. Os seguintes serão a 2 de Julho e 25 de Novembro, mas só serão visíveis no Pólo Sul.

Além destes eclipses solares vão acontecer dois lunares. O primeiro deles tem lugar dia 15 de Junho entre as 19h22 e as 23h22 (hora de Lisboa), o segundo, a 10 de Dezembro, vai decorrer entre as 11h33 e as 17h30 a partir da América do Norte e até à Europa Ocidental. No entanto, quando cá chegar já vai estar a sair da zona de penumbra.

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segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

O ‘jet lag’ dos fungos

Segundo Ingunn W. Jolma, um investigador norueguês da Universidade de Stavanger, o bolor do pão, ou o fungo Neurospora, tem características fascinantes, tal como outros cogumelos, por exemplo. Jolma explica que estes têm ciclos circadianos – eventos que regulam nosso metabolismo durante o dia e princípios diurnos – partilhados com os dos humanos.

A todas as 24h, o bolor produz uma nova geração de esporos. O cogumelo rege-se por um ritmo de 24h, controlado pelos seus genes. Este ritmo circadiano desenrola-se mesmo que o cogumelo ou fungo seja mantido na escuridão do laboratório. Com a falta de luz, este ajusta a duração do período para 22h.

Os investigadores efectuaram diferentes experiências, nas quais modificaram a duração da exposição à luz/escuridão. Contudo, os cogumelos adaptam-se aos novos modelos, mas tal como os seres humanos, também sofrem das mudanças horárias.

Caso o cogumelo seja transferido de fuso horário, consegue adaptar-se ao novo ambiente e à nova hora. Tal como o ser humano, o processo levará algum tempo e o fungo poderá ficar “stressado”. Os estudos científicos permitem determinar que o relógio biológico dos cogumelos é regido por genes cuja expressão é regulada por ondulações retroactivas, positivas ou negativas.

Segundo o investigador, ao compreender o processo dos cogumelos, pode-se conseguir perceber o funcionamento do relógio biológico dos seres humanos. A descoberta pode ainda melhorar a compreensão de fenómenos, como a diferença de horários, efeitos nefastos na saúde do trabalho em turnos e doenças ligadas ao ritmo circadiano das células.

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Maior inventário de plantas do mundo

Botânicos britânicos e americanos criaram a lista de plantas mais ampla do mundo, com 1,25 milhão de denominações inventariadas. Este banco de dados, que pode ser consultado em www.theplantlist.org, é considerado uma contribuição essencial para a preservação da flora global, pois contém os nomes científicos e comuns da maioria das espécies vegetais conhecidas, desde as ervas mais simples a legumes, passando pelas rosas, musgos e coníferas.

A "Plant List" comporta também links de publicações científicas relacionadas com as espécies em questão, para ajudar o trabalho de investigadores, tanto em botânica quanto em farmácia.

Segundo os cientistas do Royal Botanical Gardens (Kew Gardens), no Reino Unido, e do Missouri Botanical Garden, nos Estados Unidos, que elaboraram a lista, esta nova ferramenta é crucial para investigações, previsões e vigilância de programas de preservação das plantas no mundo inteiro.

"Sem os nomes correctos, a compreensão e a comunicação sobre a vida dos vegetais perder-se-iam num caos, custariam somas faraónicas, além de colocar vidas em perigo, no caso de plantas utilizadas em medicina", sublinham em comunicado.

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Três espécies de anfíbios extintas foram recuperadas

Duas espécies de rãs (Isthmohyla tica e Craugastor fleischmanni) e uma de sapo que se julgavam já extintas foram localizadas na Costa Rica pelo Grupo de Conservação e Reprodução da Mesoamérica (CBSG). Os investigadores avançam que pode significar a recuperação de outros anfíbios em perigo.

Recorde-se que a Costa Rica é o local onde existe 4,5 por cento da biodiversidade do planeta, com a maior concentração de espécies. Os modelos animais foram encontrados próximo do vulcão Brava e Poás, nos bosques de Monteverde.
A CBSG corrobora também o reaparecimento de uma espécie endémica da Costa Rica, o sapo Incilius holdridgei. Ao todo, foram encontrados 31 exemplares jovens e nove adultos, entre também plantas pequenas e samambaias.

Contudo, a equipa refere que a descoberta não se deve a melhorias na investigação, já que as espécies foram encontradas nos mesmos locais que têm sido visitados em estudo nos últimos 30 anos. Existem indícios de recuperação de povoações da rã de olhos vermelhos (Duellmanohyla uranochroa), da rã leopardo (Lithobates taylori) e da Lithobates vibicarius.

Todas estas espécies estão em perigo de extinção. Os anfíbios da Costa Rica estão ameaçados pelo aquecimento global e pelo Batrachochytrium dendrobatidi – responsável pelo desaparecimento de algumas espécies –, um fungo dulçaquícola que ataca a pele dos anfíbios, que é imprescindível para a sua homeostase hídrica e gasosa, e também para a sua defesa imunológica.

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