segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

O ‘jet lag’ dos fungos

Segundo Ingunn W. Jolma, um investigador norueguês da Universidade de Stavanger, o bolor do pão, ou o fungo Neurospora, tem características fascinantes, tal como outros cogumelos, por exemplo. Jolma explica que estes têm ciclos circadianos – eventos que regulam nosso metabolismo durante o dia e princípios diurnos – partilhados com os dos humanos.

A todas as 24h, o bolor produz uma nova geração de esporos. O cogumelo rege-se por um ritmo de 24h, controlado pelos seus genes. Este ritmo circadiano desenrola-se mesmo que o cogumelo ou fungo seja mantido na escuridão do laboratório. Com a falta de luz, este ajusta a duração do período para 22h.

Os investigadores efectuaram diferentes experiências, nas quais modificaram a duração da exposição à luz/escuridão. Contudo, os cogumelos adaptam-se aos novos modelos, mas tal como os seres humanos, também sofrem das mudanças horárias.

Caso o cogumelo seja transferido de fuso horário, consegue adaptar-se ao novo ambiente e à nova hora. Tal como o ser humano, o processo levará algum tempo e o fungo poderá ficar “stressado”. Os estudos científicos permitem determinar que o relógio biológico dos cogumelos é regido por genes cuja expressão é regulada por ondulações retroactivas, positivas ou negativas.

Segundo o investigador, ao compreender o processo dos cogumelos, pode-se conseguir perceber o funcionamento do relógio biológico dos seres humanos. A descoberta pode ainda melhorar a compreensão de fenómenos, como a diferença de horários, efeitos nefastos na saúde do trabalho em turnos e doenças ligadas ao ritmo circadiano das células.

Informação retirada do site

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