Muco da estrela-do-mar de espinhos pode tratar inflamações
A estrela-do-mar de espinhos (Marthasterias glacialis) pode ser a chave para a descoberta de novos tratamentos de doenças como a asma ou a artrite. Investigadores do King's College, em Londres, estão a estudar o muco que envolve o animal para desenvolver uma substância homóloga que proteja o corpo humano de inflamações.
Ao contrário de qualquer objecto colocado no oceano, que fica rapidamente coberto por organismos marinhos, as estrelas-do-mar conseguem manter a sua superfície “limpa”. Possuem uma “superfície anti-aderente muito eficiente”.
A inflamação é uma resposta do organismo em que os leucócitos se acumulam e se pegam às paredes das artérias e das veias, provocando danos no tecido. Tendo em conta esse aspecto, a ideia desta investigação consiste em criar um tratamento baseado no exemplo das estrelas-do-mar, em que as artérias seriam cobertas por uma espécie de muco que impedisse os leucócitos de aderirem ao tecido arterial.
Na expectativa de que as estrelas-do-mar abram portas para esta solução, os investigadores estão a estudar as substâncias químicas presentes no muco que cobre o corpo destes animais.
Esta exploração dos oceanos para o desenvolvimento de medicamentos ainda está no início da sua história, mas já há analgésicos baseados numa espécie de caracol marinho.
"Há plantas e animais marinhos que produzem uma imensa quantidade de compostos, às vezes muito diferentes daqueles dos terrestres. Muitos deles podem ter propriedades úteis para a medicina".
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