Cientistas a caminho de resolver o dilema de Darwin
“Não posso dar uma resposta satisfatória à questão de porquê não se encontraram ricos depósitos fossilíferos pertencentes a estes períodos anteriores ao Câmbrico”. A frase é de Charles Darwin, e foi escrita, em 1859, resumindo aquilo que veio a ser conhecido como o “Darwin's Dilemma”: a ausência de fósseis do período pré-Câmbrico (período que designa, ainda, o tempo entre o nascimento da Terra e o aparecimento dos fósseis de animais).
Agora, um grupo de cientistas da Universidade de Oxford afirma ter uma solução para o “Dilema de Darwin”, descobrindo uma série de fósseis. Num documento publicado hoje no Journal of the Geological Society, Richard Callow e Martin Brasier do Departamento de Ciências da Terra da Universidade de Oxford orientaram-se pela teoria de selecção natural de Darwin e pelos dados que ele deixou no âmbito do seu dilema, ou seja, que no período câmbrico (há 542 milhões de anos) houve uma explosão de vida e um aumento subito de diversidade das espécies, embora nunca tenha encontrado provas fósseis anteriores.
O estudo centrou-se na formação rochosa de Shropshire, na Inglaterra, conhecido como o Supergrupo Long Mynd, que já tinha sido analisado no tempo de Darwin pelo geólogo J.W. Salter. Suspeitava que elas tivessem registos de vida pré-câmbrico, mas não conseguiu ir além de pequenos vestígios de marcas deixadas por organismos – aos quais Darwin deu nota n'“A Origem das Espécies”.
Darwin entendia que os fósseis do período pré-Câmbrico acabariam por ser encontrados, considerando que havia um enxame de seres vivos, mas só agora, depois de o dilema ter dado muito trabalho aos cientistas é que se prevê a sua solução.
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